21 de mai 2025
Florestas queimam em diversas regiões, causando devastação ambiental e social
Perda florestal atinge recorde em 2024, com Brasil liderando a devastação. Incêndios e mudanças climáticas exigem ação urgente.
Foto:Reprodução
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Após uma década desde a assinatura do Acordo de Paris, a devastação florestal e as emissões de gases de efeito estufa continuam a aumentar. Em 2024, o mundo perdeu 30 milhões de hectares de cobertura arbórea, com o Brasil respondendo por 42% dessa perda. Incêndios florestais, intensificados pela mudança climática e pelo fenômeno El Niño, foram responsáveis por 66% da destruição.
O relatório da plataforma Global Forest Watch (GFW) destaca que a perda de cobertura arbórea em 2024 representa um aumento de 5% em relação a 2023, sendo o maior número desde o início da série histórica em 2002. Os incêndios florestais emitiram 4,1 gigatoneladas de gases de efeito estufa, quatro vezes mais do que as emissões geradas por viagens aéreas no mesmo ano. Nas regiões temperadas, as florestas boreais enfrentaram um aumento significativo nas queimadas, enquanto nos trópicos, a devastação com mais de 30% de densidade de copa foi de 6,7 milhões de hectares, um aumento de 80% em relação ao ano anterior.
No Brasil, a situação é alarmante. O país perdeu 2,8 milhões de hectares de cobertura florestal, um aumento de 154,5% em relação a 2023. Os incêndios foram responsáveis por 66% da perda de cobertura arbórea, um aumento de 41 pontos percentuais em comparação ao ano anterior. Embora o levantamento do MapBiomas indique uma queda no desmatamento total, a GFW considera também destruições parciais, o que explica a discrepância nos números.
Impactos da Mudança Climática
A combinação da mudança climática com o El Niño resultou em secas severas no Brasil em 2024, impulsionando os incêndios florestais, especialmente na Amazônia. Esse cenário é semelhante ao que ocorreu em 2016, quando 2,8 milhões de hectares foram destruídos, com 57,4% dessa área sendo consumida pelo fogo. Diante da gravidade da crise climática, é essencial que os governos adotem medidas para conter a degradação florestal e implementem planos de adaptação para eventos extremos. Caso contrário, os dados continuarão a evidenciar a falta de comprometimento com o Acordo de Paris.
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