30 de mai 2025
Aumentam os ataques violentos em escolas brasileiras, com 64% ocorrendo desde 2022
Crescem os ataques a escolas no Brasil, mas em 2024, muitos foram evitados. Armas de fogo são responsáveis por quase todas as mortes.
Foto:Reprodução
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Os ataques violentos em escolas brasileiras têm se tornado uma preocupação crescente. Um mapeamento realizado pelas pesquisadoras Telma Vinhas e Cléo Garcia, do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de Campinas (Unicamp), revela que 64,28% dos 42 casos registrados desde 2001 ocorreram após março de 2022. A atualização, divulgada em 29 de maio de 2024, mostra que, embora o número de ataques consumados tenha diminuído, muitos foram interrompidos antes da execução.
Em 2022, o Brasil registrou dez ataques em escolas, aumentando para doze em 2023, mas reduzindo para cinco em 2024. As autoras do estudo afirmam que "ainda não conseguimos lidar plenamente com a complexidade desse fenômeno". Das 38 mortes registradas, 94,73% foram causadas por armas de fogo, e a maioria dos autores dos crimes tinha menos de 18 anos.
Dados Relevantes
Dos ataques, 78,57% foram classificados como ativos, ou seja, com a intenção de atingir um grande número de pessoas. Apenas 21,42% foram direcionados, com alvos específicos. São Paulo lidera as ocorrências, com dez casos, seguido por Rio de Janeiro e Bahia, ambos com cinco. Ao todo, 17 unidades da federação registraram ataques em escolas.
O levantamento focou em atos de violência deliberados por estudantes e ex-estudantes, envolvendo planejamento e uso de armamento. Os ataques são frequentemente motivados por ressentimentos, preconceitos e discriminação, caracterizados como crimes de ódio ou vingança.
Perfil dos Agressores
Quase 80% dos autores dos ataques tinham menos de 18 anos. Desde 2001, apenas uma autora do crime era do sexo feminino. A maioria dos incidentes ocorreu em regiões com nível socioeconômico médio e alto. Um caso recente envolveu uma estudante que atirou em um colega em Natal (RN) em dezembro de 2023, resultando em sua prisão preventiva.
Esses dados ressaltam a necessidade urgente de estratégias eficazes para prevenir a violência nas escolas e proteger a comunidade escolar.
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