- André Mueller, aluno da Universidade McGill, descobriu uma asa de libélula fossilizada no Parque Provincial dos Dinossauros, em Alberta, Canadá.
- A nova espécie foi nomeada Cordualadensa acorni e preenche um vazio de 30 milhões de anos na evolução dos insetos.
- Este é o primeiro fóssil de libélula do período Cretáceo encontrado no Canadá, ampliando o registro de insetos da região, que antes contava apenas com um pulgão em âmbar.
- A asa pertence a uma nova família chamada Cordualadensidae e sugere que a biodiversidade mesozoica era mais rica do que se pensava.
- A descoberta foi publicada no Canadian Journal of Earth Sciences em agosto de 2023 e pode levar a novas pesquisas sobre ecossistemas antigos.
No Parque Provincial dos Dinossauros, em Alberta, Canadá, uma descoberta surpreendente foi feita por André Mueller, aluno de mestrado da Universidade McGill. Durante escavações em 2023, ele encontrou uma asa de libélula fossilizada, identificada como uma nova espécie, Cordualadensa acorni. Este achado preenche um vazio de 30 milhões de anos na evolução dos insetos, revelando ecossistemas mais complexos do que se imaginava.
A asa, que pertence a uma nova família taxonômica chamada Cordualadensidae, é o primeiro fóssil de libélula do período Cretáceo encontrado no Canadá. Até então, o registro de insetos na região era limitado a um único pulgão em âmbar. A descoberta não apenas duplica o repertório entomológico do parque, mas também sugere que a biodiversidade mesozoica era mais rica do que os registros fósseis indicavam.
O professor Hans Larsson, da McGill, destaca que a anatomia da Cordualadensa acorni sugere adaptações ao planeio, similar às libélulas migratórias atuais. Isso indica que a espécie pode ter desempenhado um papel importante na dinâmica ecológica de Alberta há 75 milhões de anos. A presença desse inseto sugere um ambiente com biomassa suficiente para sustentar predadores especializados.
Desde a descoberta, a equipe de pesquisa tem revisitado áreas do parque com novas técnicas, encontrando mais vestígios de insetos. A publicação oficial no Canadian Journal of Earth Sciences em agosto de 2023 já conferiu respaldo científico à descoberta, que promete expandir o entendimento sobre a biodiversidade do passado e a complexidade dos ecossistemas mesozoicos.