- A crise climática exige ações urgentes e ambiciosas, com a COP30 se aproximando em Belém do Pará.
- Apenas 34 dos 193 países signatários da Convenção do Clima da ONU apresentaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), representando menos de 24% das emissões globais.
- O Centro Global de Sustentabilidade (CGS) lançou uma plataforma digital para monitorar o progresso climático de doze países, incluindo Brasil, China e Estados Unidos.
- O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, copresidirá uma cúpula de alto nível sobre o tema, reunindo 109 países para acelerar a entrega das metas climáticas.
- O Brasil pode reduzir suas emissões em até 76% até 2035, superando a meta oficial de 67%.
A crise climática exige ações urgentes e ambiciosas. Com a aproximação da COP30 em Belém do Pará, a pressão global para que países aumentem suas metas de redução de emissões se intensifica. Apenas 34 dos 193 signatários da Convenção do Clima da ONU apresentaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), representando menos de 24% das emissões globais.
Na última segunda-feira, 22, o Centro Global de Sustentabilidade (CGS) lançou uma plataforma digital para monitorar o progresso climático de 12 países, incluindo Brasil, China e Estados Unidos. Nate Hultman, diretor do CGS, destacou que “estamos em um ponto de inflexão” e que é crucial revisar e aumentar as metas climáticas. A cúpula de alto nível, que ocorrerá na quarta-feira, 24, será copresidida pelo presidente Lula e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, reunindo 109 países para acelerar a entrega das metas climáticas.
O Brasil, segundo a análise do CGS, pode alcançar uma redução de 72% a 76% das emissões até 2035, superando a meta oficial de 59% a 67%. Ryna Cui, diretora de pesquisa do CGS, ressaltou o potencial do país em liderar a agenda climática global, especialmente na redução do desmatamento e das emissões de metano na agropecuária.
A nova plataforma do CGS se diferencia por sua abordagem “de baixo para cima”, considerando as especificidades de cada país. A metodologia inclui análises setoriais detalhadas, especialmente do setor de energia, que é responsável pelo maior potencial de redução de emissões. Para 2026, a expectativa é expandir a plataforma, incluindo dados de mais países e setores.