A crescente demanda por procedimentos estéticos tem gerado um aumento significativo no número de profissionais e clínicas na área. Historicamente, esses procedimentos eram restritos a médicos e cirurgiões, focando na correção de imperfeições. No entanto, com o avanço das técnicas e a redução de custos, muitos passaram a vê-los como uma forma de aprimoramento da […]
A crescente demanda por procedimentos estéticos tem gerado um aumento significativo no número de profissionais e clínicas na área. Historicamente, esses procedimentos eram restritos a médicos e cirurgiões, focando na correção de imperfeições. No entanto, com o avanço das técnicas e a redução de custos, muitos passaram a vê-los como uma forma de aprimoramento da aparência. Em entrevista, José Hiran Gallo, presidente do Conselho Federal de Medicina, destaca que essa explosão de demanda traz riscos, especialmente quando profissionais sem a devida formação se aventuram em práticas inadequadas.
O crescimento do mercado estético é impulsionado por fatores como a evolução tecnológica e a maior acessibilidade financeira. Gallo observa que a exposição nas redes sociais tem transformado esses serviços em objetos de desejo, levando milhões a buscarem intervenções, independentemente de sua segurança ou necessidade. Essa situação é preocupante, pois muitos procedimentos são realizados por pessoas sem formação médica, resultando em consequências graves, como complicações de saúde e até mortes.
A Anvisa tem realizado operações para identificar irregularidades, mas a falta de fiscalização contínua é um problema. Gallo enfatiza que é essencial que as Vigilâncias Sanitárias e outros órgãos, como a Polícia Civil e o Ministério Público, intensifiquem suas ações para combater o exercício ilegal da medicina. Ele alerta que a situação atual representa um problema de saúde pública, com muitos casos não sendo reportados.
Além disso, a regulamentação dos cursos de estética e a venda clandestina de produtos médicos pela internet são questões que precisam de atenção. Gallo defende que apenas médicos devem realizar procedimentos invasivos, que incluem intervenções que podem causar danos graves. Ele sugere que, antes de criar novos conselhos, os órgãos existentes devem ser fortalecidos para garantir a segurança da população. O Conselho Federal de Medicina está comprometido em manter a ética e a transparência nas práticas médicas, mas a fiscalização deve ser uma prioridade para proteger a saúde pública.
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