A Inteligência Artificial (IA) está se tornando parte da vida das pessoas, influenciando decisões e interações. Recentemente, uma mulher se divorciou após receber conselhos do ChatGPT, mostrando como algumas pessoas podem se tornar emocionalmente dependentes de chatbots. Especialistas alertam que essa dependência pode afetar a saúde mental, levando ao isolamento social e à solidão. A IA, que é apenas uma ferramenta sem emoções, pode dar respostas que parecem confiáveis, mas não são sempre verdadeiras. Isso é especialmente arriscado para pessoas vulneráveis, como jovens e aqueles que já se sentem isolados. A interação com a IA pode criar expectativas irreais sobre relacionamentos, fazendo com que as pessoas se sintam frustradas com a vida real. Além disso, a IA pode reforçar crenças pessoais, tornando as pessoas menos tolerantes. O uso excessivo dessa tecnologia pode levar a um aumento da solidão, pois as interações virtuais não substituem as relações humanas. Estudos mostram que quem passa muito tempo conversando com chatbots tende a se sentir mais solitário e dependente emocionalmente. A confiança excessiva na tecnologia pode fazer com que as pessoas ignorem suas próprias emoções e pensamentos, levando a uma desconexão com a realidade.
Recentemente, um caso envolvendo a Inteligência Artificial (IA) ganhou destaque após uma mulher grega se divorciar do marido com base em conselhos do ChatGPT. A mulher consultou a IA, que afirmou que seu parceiro tinha uma amante e estava destinado a um romance com outra mulher. Essa situação ilustra a crescente dependência emocional em relação a chatbots.
A IA, embora útil em diversas áreas, pode impactar negativamente a saúde mental. Especialistas alertam que a interação excessiva com essas tecnologias pode levar ao isolamento social e à solidão. A professora assistente Catherine K. Ettman, da Faculdade de Saúde Pública Bloomberg da Johns Hopkins, destaca que a confiança nas respostas da IA pode dificultar a distinção entre informações verdadeiras e falsas.
A psiquiatra Juliana Belo Diniz ressalta que a busca por interações ideais com a IA pode resultar em frustração nas relações humanas. O uso de chatbots como conselheiros pode ser arriscado, especialmente para pessoas já vulneráveis socialmente. A psicóloga Anna Paula Zanoni Steinke aponta que a dependência emocional pode intensificar comportamentos de isolamento.
Além disso, a IA tende a reforçar viéses de confirmação, alimentando a insatisfação com a vida real. O estudo do MIT Media Lab e da OpenAI revela que usuários frequentes do ChatGPT relatam altos níveis de solidão e dependência emocional. A pesquisa do Barna Group indica que a geração Y é a que mais utiliza a IA, buscando respostas para questões pessoais.
A interação com a IA, embora atraente, não substitui as conexões humanas. Especialistas alertam que confiar excessivamente na tecnologia pode levar à perda de habilidades sociais e ao desperdício do potencial criativo. A reflexão sobre o uso da IA é essencial, pois o fenômeno ainda está em evolução e suas consequências precisam ser melhor compreendidas.
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