- Um brasileiro morre afogado a cada 90 minutos, totalizando 5.883 mortes por ano, segundo o 12° boletim da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).
- Entre 2010 e 2023, o Brasil registrou 71.663 mortes por afogamento, com a maioria das vítimas sendo crianças e adolescentes.
- A competência aquática é essencial para a prevenção de afogamentos, envolvendo habilidades como respiração, flutuação e movimentação na água.
- A identificação de riscos, como correntes de retorno, é fundamental, já que mais de 30% das áreas de risco não são supervisionadas por guarda-vidas.
- Fatores como cãibras, exaustão e consumo de álcool aumentam o risco de afogamento, tornando o conhecimento das próprias limitações crucial para a segurança na água.
A cada 90 minutos, um brasileiro perde a vida por afogamento, totalizando 5.883 mortes por ano, segundo o 12° boletim da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). Este cenário alarmante destaca a necessidade urgente de promover a competência aquática como forma de prevenção.
Entre 2010 e 2023, o Brasil registrou 71.663 mortes por afogamento, com a maioria das vítimas sendo crianças e adolescentes. Além disso, mais de 11 mil internações foram contabilizadas nesse período. O desenvolvimento da competência aquática vai além do simples aprendizado de estilos de natação, como crawl ou borboleta. O foco está em proporcionar um conforto na água, permitindo que os indivíduos compreendam e interajam com o ambiente aquático de forma segura.
Importância da Competência Aquática
O pesquisador Emmanuel Auvray, da Universidade de Caen, na França, explica que a competência aquática envolve a capacidade de agir adequadamente em diversas situações, seja em acidentes ou em atividades voluntárias. O aprendizado inicial deve incluir exercícios de respiração, flutuação e movimentação na água, preparando o indivíduo para situações reais.
Eduardo Coutinho, professor da escola VemNadar, no Rio, ressalta que a autonomia no ambiente aquático é crucial para a prevenção de afogamentos. Ele afirma que essa técnica ajuda os alunos a se sentirem seguros na água, permitindo uma interação mais tranquila com o meio líquido.
Reconhecimento de Riscos
David Szpilman, secretário-geral da Sobrasa, enfatiza que a competência aquática também envolve a identificação de perigos, como correntes de retorno e sinalizações. Embora o Brasil tenha o maior número de guarda-vidas do mundo, esses profissionais não conseguem cobrir mais de 30% das áreas de risco. A maioria das mortes ocorre em rios, lagos e represas, locais frequentemente sem supervisão.
Além disso, é essencial que as pessoas conheçam suas limitações. Fatores como cãibras, exaustão e consumo de álcool podem aumentar o risco de afogamento. A combinação de habilidades aquáticas, respeito aos limites pessoais e análise de riscos é fundamental para garantir a segurança no ambiente aquático.