Brasília acolhe a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

A 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CNSTT) ocorre em Brasília até 21 de agosto, com a participação de mais de 3 mil pessoas.
O evento discute 1,1 mil propostas para a saúde dos trabalhadores e reafirma a saúde como um direito humano.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a habilitação de 17 novos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), totalizando 243 unidades no Brasil.
O governo federal dobrou o repasse financeiro para os CEREST, passando de R$ 80 milhões para R$ 160 milhões anuais.
A lista de doenças relacionadas ao trabalho foi atualizada pela primeira vez em 24 anos, com a inclusão de 165 novas patologias.

Com o apoio do Ministério da Saúde, Brasília sedia até 21 de agosto a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CNSTT). O evento reúne mais de 3 mil participantes para discutir 1,1 mil propostas voltadas à saúde da população trabalhadora, reafirmando a saúde como um direito humano.

Durante a abertura, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a habilitação de 17 novos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), totalizando 243 unidades no Brasil. O repasse financeiro do governo federal para esses centros foi dobrado, passando de R$ 80 milhões para R$ 160 milhões anuais.

Outro ponto importante da conferência é a atualização da Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho, que não era revisada há 24 anos. Em 2023, foram incluídas 165 novas patologias, refletindo a preocupação com a saúde física e mental dos trabalhadores.

Mobilização e Participação

A preparação para a CNSTT envolveu cerca de 1,5 mil conferências preparatórias em todo o país, com a participação de aproximadamente 20 mil pessoas nas etapas estaduais e macrorregionais. Foram eleitos 1,7 mil delegados para representar os interesses dos trabalhadores na conferência nacional.

A mesa de abertura contou com a presença da presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernanda Magano, e da ministra das Mulheres, Márcia Lopes, além de representantes de diversos setores e movimentos sociais. A conferência é um marco na luta pela saúde do trabalhador, promovendo um espaço de diálogo e construção de políticas públicas efetivas.