Economia

Exportação de frutas e café para União Europeia terá tarifa zero e carne com alíquotas reduzidas

O acordo entre Mercosul e União Europeia elimina tarifas para frutas e café. Compras do Sistema Único de Saúde (SUS) foram excluídas do acordo. Flexibilidade nas tarifas de veículos eletrificados foi garantida ao Brasil. Compromissos ambientais foram reforçados, evitando barreiras comerciais. Mecanismos de salvaguardas protegerão a indústria nacional de importações.

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (ao centro), conversa com os presidentes do Uruguai, Luis Lacalle Pou (à esquerda) e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (à direita). (Foto: Eitan Abramovich/AFP)

O acordo entre Mercosul e União Europeia, anunciado na última sexta-feira, permitirá a exportação de frutas e café para a UE sem tarifas ou cotas. Outros produtos agropecuários do Mercosul terão cotas de exportação com tarifas reduzidas. Frutas como abacates, limões, melões e maçãs não terão cotas e suas tarifas serão eliminadas. Para carnes, haverá cotas específicas, enquanto o governo brasileiro garantiu o uso de compras estatais para impulsionar a indústria nacional.

O governo excluiu as compras do Sistema Único de Saúde (SUS) do acordo, reconhecendo-as como um instrumento para o desenvolvimento econômico. Essa cláusula foi um ponto de impasse nas negociações, mas a diplomacia brasileira conseguiu garantir a manutenção desse mecanismo. Além disso, o texto preserva a possibilidade de encomendas tecnológicas e incentivos a micro e pequenas empresas.

Outro ponto debatido foi a cláusula sobre exigências ambientais. O acordo final reforça o compromisso ambiental, mas rejeita barreiras desnecessárias ao comércio. O Brasil expressou preocupações sobre a nova lei antidesmatamento da Europa, que poderia dificultar a entrada de produtos brasileiros. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou a política ambiental do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O acordo também estabelece condições flexíveis para a redução tarifária de veículos eletrificados e novas tecnologias. A desgravação para veículos eletrificados ocorrerá em 18 anos, enquanto para veículos a hidrogênio será de 25 anos. O Brasil poderá aplicar restrições às exportações de minerais críticos para estimular a agregação de valor, evitando que medidas unilaterais prejudiquem o equilíbrio do acordo.

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