O debate sobre um ajuste fiscal no Brasil deve se intensificar em 2026, conforme apontou Tiago Reis, presidente do Conselho do Grupo Suno, durante o evento Onde Investir 2025. Ele destacou que a discussão pode ser antecipada se a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva cair. Reis comparou a situação atual a um […]
O debate sobre um ajuste fiscal no Brasil deve se intensificar em 2026, conforme apontou Tiago Reis, presidente do Conselho do Grupo Suno, durante o evento Onde Investir 2025. Ele destacou que a discussão pode ser antecipada se a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva cair. Reis comparou a situação atual a um “iceberg” ou uma “janela de oportunidade”, alertando que o governo pode optar por não realizar ajustes, semelhante ao que ocorreu durante o governo Dilma Rousseff.
A fragilidade fiscal do Brasil é amplamente reconhecida, mas as soluções para reverter essa situação ainda são incertas. Dois economistas consultados pela VEJA concordam que o ajuste fiscal proposto pela equipe econômica de Lula é insuficiente. Marcos Moreira, da WMS Capital, enfatizou a necessidade de reformas estruturais para controlar a dívida, que já cresce acima da inflação. Ele alertou que, se a dívida continuar a aumentar a uma taxa real de 8% enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) cresce apenas 2%, a relação dívida/PIB pode se aproximar de 100% até 2030.
Gabriel Barros, economista-chefe da ARX Investimentos, defendeu a necessidade de um novo “choque” fiscal, semelhante ao Teto de Gastos implementado em 2016. Ele sugeriu que o governo deve revisar gastos com serviços públicos e salários de servidores, que representam uma parte significativa das despesas obrigatórias. Barros criticou a atual agenda do governo, que considera tímida, e ressaltou que cortes de despesas são essenciais para garantir a sustentabilidade fiscal a longo prazo.
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