Governo registra superávit primário de R$ 84,9 bilhões em janeiro de 2025

As contas do governo central do Brasil, que incluem o Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, apresentaram um superávit primário de R$ 84,9 bilhões em janeiro de 2025, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira, 27. O resultado superou as expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que previa um superávit de R$ 83,4 bilhões. Em comparação com janeiro de 2024, quando o superávit foi de R$ 79,5 bilhões, houve um crescimento de 6,8% no resultado primário.

O superávit primário reflete a diferença entre a arrecadação e as despesas do governo, excluindo os gastos com juros. No acumulado de doze meses, o resultado permanece negativo, com um déficit de R$ 42,2 bilhões, equivalente a 0,32% do PIB. O Tesouro e o Banco Central juntos registraram um superávit de R$ 104,5 bilhões, enquanto a Previdência Social teve um déficit de R$ 19,6 bilhões. A meta para 2025 é zerar o resultado primário, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB.

Em fevereiro, o Brasil enfrentou um déficit em transações correntes de US$ 8,655 bilhões, superando as expectativas de um saldo negativo de US$ 8,3 bilhões. O déficit acumulado em doze meses atingiu 3,02% do PIB. Os investimentos diretos no país foram de US$ 6,501 bilhões, abaixo do esperado. A balança comercial teve um superávit de US$ 1,223 bilhão, significativamente menor que os US$ 5,563 bilhões registrados em fevereiro de 2024.

Além disso, as transações correntes do Brasil acumularam um déficit de US$ 8,7 bilhões em janeiro, comparado a US$ 4,4 bilhões no mesmo mês do ano anterior. O déficit das contas externas cresceu 166,9% em relação a janeiro de 2024. O superávit da balança comercial de bens foi de US$ 1,2 bilhão, com exportações totalizando US$ 25,4 bilhões e importações de US$ 24,1 bilhões, refletindo uma redução nas exportações e um aumento nas importações em relação ao ano passado.