O aumento das algas sargassum no Oceano Atlântico está causando problemas sérios para o turismo na Flórida e em outros lugares do Caribe. Neste ano, a floração já atingiu 31 milhões de toneladas, 40% a mais do que o recorde anterior. Essa alga, que pode ser benéfica em pequenas quantidades, se torna prejudicial quando aparece em excesso, afetando ecossistemas e a economia local. As praias estão sendo cobertas por essa alga, que em decomposição libera gases tóxicos e um cheiro forte, afastando turistas. O crescimento do sargassum é impulsionado por temperaturas mais altas do oceano e pelo excesso de nitrogênio na água, que vem de fertilizantes agrícolas e outras fontes. As comunidades costeiras estão tentando lidar com o problema, mas a limpeza das praias é cara e muitas vezes ineficaz. Além disso, a alga pode causar danos à vida marinha, pois impede a entrada de luz e reduz o oxigênio na água. Algumas pesquisas estão sendo feitas para encontrar maneiras de usar o sargassum, como na produção de biocombustíveis ou na substituição de plásticos, mas a situação continua preocupante e exige atenção.
A floração de sargassum no Oceano Atlântico já atingiu 31 milhões de toneladas em 2023, superando o recorde anterior em 40%. Este fenômeno está afetando negativamente o turismo na Flórida e em destinos populares do Caribe, como o México. A situação se agrava com a aproximação da temporada alta de viagens.
O sargassum, uma alga marinha, se espalha por cerca de 8.850 quilômetros de oceano, prejudicando ecossistemas e economias locais. Brian LaPointe, professor da Universidade da Flórida Atlântica, explica que a alga, que antes era benéfica, se torna uma “floração algal nociva” quando chega à costa em grandes quantidades. Desde 2011, as comunidades costeiras têm enfrentado eventos de inundação excessiva de sargassum.
A decomposição da alga gera gases tóxicos, como o sulfeto de hidrogênio, que afetam a saúde pública e afastam turistas. LaPointe destaca que a presença constante de sargassum nas praias prejudica a imagem turística, levando a uma queda na visitação. Em alguns locais, resorts utilizam máquinas pesadas para remover a alga, mas isso também gera poluição.
Causas do Crescimento
O aumento da temperatura dos oceanos, impulsionado pelas mudanças climáticas, e o excesso de nitrogênio na água são fatores que contribuem para o crescimento do sargassum. Esse nitrogênio provém de fertilizantes agrícolas e de eventos de “primeira enxurrada” que ocorrem após períodos de seca intensa, como no caso da bacia amazônica.
As consequências são visíveis em várias regiões, incluindo a costa da Flórida, onde a alga já foi detectada de Key West a São Agostinho. Mara Lezama, governadora de Quintana Roo, no México, anunciou medidas para conter a alga, como a instalação de barreiras flutuantes para proteger praias populares.
Possíveis Soluções
Pesquisadores estão explorando formas de utilizar o sargassum, como em biocombustíveis ou na produção de materiais biodegradáveis. Christian Appendini, professor da Universidade Nacional Autônoma do México, afirma que a alga pode ser uma oportunidade para desenvolver soluções sustentáveis. A situação atual deve servir como um alerta sobre a necessidade de práticas mais responsáveis em relação ao meio ambiente.
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