O mercado imobiliário brasileiro está passando por dificuldades devido à alta da taxa Selic, que está em 15% ao ano, afetando o crédito para pessoas físicas. Sandro Gamba, da Abecip, afirmou que os efeitos dessa taxa começarão a ser mais sentidos nos próximos meses, mesmo com um crescimento de 20% no crédito no início do ano, que caiu para 11% entre janeiro e maio. Apesar disso, ele acredita que o volume de crédito deve continuar alto, superando R$ 120 bilhões. Luiz França, da Abrainc, destacou que os imóveis ainda são acessíveis e que é importante considerar a capacidade de pagamento ao comprar, já que a portabilidade de financiamentos pode ser uma opção no futuro. O segundo semestre de 2025 é visto como promissor, com a população economizando para comprar imóveis e muitos jovens sonhando em adquirir um, mesmo com a Selic alta. Ely Flavio Wertheim, do Secovi-SP, mencionou que as taxas de financiamento estão em torno de 12% ao ano, o que é considerado uma taxa negativa, e que há poucos imóveis disponíveis no mercado. O perfil dos compradores é variado, com 60% dos atendidos pelo programa Minha Casa, Minha Vida prontos para comprar, enquanto muitos jovens preferem alugar primeiro para conhecer melhor as regiões. Apesar da alta dos juros, a visão de longo prazo dos compradores mantém a compra de imóveis como uma opção atrativa.
O mercado imobiliário brasileiro enfrenta um momento delicado, com a taxa Selic em 15% ao ano, impactando o crédito imobiliário para pessoas físicas. Sandro Gamba, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), alertou que os efeitos dessa elevação começarão a ser sentidos nos próximos meses. Durante o painel “As perspectivas para o mercado imobiliário na visão dos líderes”, realizado em São Paulo, Gamba destacou que, apesar do crescimento de 20% no crédito nos primeiros três meses do ano, essa taxa caiu para 11% entre janeiro e maio.
Mesmo com a expectativa de desaceleração, Gamba acredita que o volume de crédito permanecerá elevado, superando R$ 120 bilhões. Luiz França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), complementou que o imóvel no Brasil ainda é considerado acessível. Ele ressaltou que, ao adquirir um imóvel, é fundamental avaliar a capacidade de pagamento e não apenas a taxa de juros vigente, já que a portabilidade de financiamentos pode ser uma alternativa futura.
Expectativas para o Setor
O segundo semestre de 2025 é visto como promissor, impulsionado por fatores demográficos. França observou que a população está economizando para a compra de imóveis e que o adiamento de casamentos tem contribuído para essa tendência. Cláudio Carvalho, CEO da AW Realty Incorporadora, também expressou otimismo, mencionando que 25 milhões de jovens entre 16 e 25 anos ainda sonham em adquirir um imóvel, muitas vezes para ajudar suas famílias.
Ely Flavio Wertheim, presidente executivo do Secovi-SP, destacou que, apesar da Selic elevada, as taxas de financiamento estão em torno de 12% ao ano, o que representa uma taxa de juros negativa. Ele também apontou a baixa disponibilidade de imóveis, com apenas oito meses de lançamentos disponíveis no mercado.
Comportamento dos Compradores
O perfil dos compradores é diversificado. Cerca de 60% dos atendidos pelo programa Minha Casa, Minha Vida estão decididos a comprar, enquanto muitos jovens preferem alugar inicialmente, testando a infraestrutura das regiões antes de imobilizar seu patrimônio. Apesar da influência da taxa de juros, a visão de longo prazo dos compradores mantém a aquisição de imóveis como uma escolha atrativa.