Uma pesquisa recente mostrou que 73% dos brasileiros não têm dinheiro guardado para emergências. Entre as classes mais altas, 63% também não possuem reservas, enquanto nas classes C e D, os números são ainda mais altos, chegando a 77% e 81%, respectivamente. A pesquisa, feita entre setembro e outubro de 2024, revelou que 53% dos entrevistados recorrem a empréstimos para emergências financeiras e 31% para pagar dívidas. Especialistas afirmam que a inflação tem dificultado a formação de reservas, mesmo entre quem ganha mais. Além disso, muitos brasileiros não têm uma boa organização financeira, o que contribui para o endividamento. A pesquisa também destacou que 61% das pessoas priorizam a menor taxa de juros ao contratar um empréstimo, em vez de se preocupar se a parcela cabe no orçamento. O crédito pessoal é visto como uma alternativa mais saudável em comparação ao rotativo do cartão de crédito, que tem juros altos. A falta de educação financeira é um desafio, especialmente entre as classes mais baixas, e há uma necessidade de iniciativas para melhorar esse aspecto.
Uma pesquisa do Instituto Locomotiva, encomendada pela 99Pay, revela que 73% dos brasileiros não possuem reservas para emergências. O estudo, realizado entre setembro e outubro de 2024, entrevistou 2.800 pessoas de diversas classes sociais. O cenário é alarmante, especialmente entre as classes C e D, onde 77% e 81% dos entrevistados, respectivamente, não têm um colchão financeiro.
Os dados mostram que 53% dos brasileiros recorrem a empréstimos para lidar com emergências financeiras, enquanto 31% utilizam crédito para quitar dívidas. Mesmo nas classes AB, 63% dos entrevistados não têm reservas, evidenciando a vulnerabilidade financeira em todas as camadas sociais. Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, destaca que a educação financeira não está diretamente ligada à capacidade de guardar dinheiro.
Desafios Financeiros
A inflação tem corroído as reservas financeiras, dificultando a formação de um fundo de emergência. Graziela Fortunato, especialista em finanças pessoais, afirma que o ideal seria ter uma reserva de três a seis vezes o salário, mas essa realidade está se tornando cada vez mais distante. A pesquisa indica que três em cada quatro brasileiros buscaram empréstimos no último ano, com mais da metade fazendo isso repetidamente.
A gerente sênior de operações na 99Pay, Isadora Simons, observa que o uso do crédito pessoal pode ser uma alternativa mais saudável em comparação ao rotativo do cartão de crédito, que possui juros elevados. A pesquisa também revela que 61% dos entrevistados priorizam a menor taxa de juros ao contratar um empréstimo, enquanto apenas 39% se preocupam com a adequação da parcela ao orçamento.
Acesso ao Crédito
A facilidade de acesso ao crédito é um fator que influencia a contratação de empréstimos. Meirelles ressalta que, entre as classes mais baixas, o crédito é frequentemente solicitado devido à perda de emprego, iniciando um ciclo de endividamento. Isadora Simons destaca que os bancos digitais têm ampliado o acesso a produtos financeiros, mas a educação financeira ainda é um desafio, especialmente nas classes C e D.
Graziela recomenda que consumidores busquem renegociações e reavaliem seus gastos diários. A especialista sugere classificar as despesas em grupos, focando principalmente nas classes C e D para reorganizar as finanças e combater o endividamento.
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