Um novo apagão geral atingiu Cuba na noite de sexta-feira, resultando na quarta interrupção de energia em menos de seis meses. O Ministério de Energia e Minas informou que, por volta das 20h15, uma falha na subestação de Diezmero, próxima a Havana, causou uma perda significativa na geração de eletricidade, levando à queda do Sistema […]
Um novo apagão geral atingiu Cuba na noite de sexta-feira, resultando na quarta interrupção de energia em menos de seis meses. O Ministério de Energia e Minas informou que, por volta das 20h15, uma falha na subestação de Diezmero, próxima a Havana, causou uma perda significativa na geração de eletricidade, levando à queda do Sistema Elétrico Nacional. A crise energética no país, a pior em três décadas, é agravada pela escassez de combustível e pela obsolescência das usinas, que frequentemente falham.
As autoridades ativaram circuitos independentes para fornecer energia a serviços essenciais, como hospitais, em algumas províncias. Apesar disso, a população enfrenta cortes diários de energia, com interrupções que podem durar de quatro a mais de 20 horas. Manuel Marrero Cruz, primeiro-ministro, afirmou que estão trabalhando para restaurar o serviço o mais rápido possível. Moradores expressaram sua frustração, com relatos de que a situação é insustentável e que a incerteza sobre o retorno da energia gera grande ansiedade.
Cuba enfrenta um cenário de crise econômica, exacerbado por um embargo de longa data dos Estados Unidos. O governo cubano planeja instalar 55 parques solares até 2025, com o objetivo de gerar 1.200 megawatts de energia renovável, representando 12% da eletricidade do país. No entanto, especialistas alertam que a verdadeira solução para a crise elétrica depende de uma reforma econômica mais ampla e da atração de investimentos.
A situação é crítica, com um déficit elétrico que chegou a 57% em fevereiro, significando que quase seis de cada dez lâmpadas não podiam ser acesas. O governo cubano já declarou emergência energética e implementou medidas para priorizar o fornecimento de energia a hospitais e centros de produção de alimentos. A falta de manutenção nas usinas e a escassez de combustível continuam a ser os principais desafios para a recuperação do sistema elétrico.
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