O Fórum Econômico Mundial (WEF) de Davos teve início nesta segunda-feira, 20 de janeiro de 2024, reunindo líderes globais para discutir economia, tecnologia e sustentabilidade. A edição deste ano ocorre em um contexto de incertezas geopolíticas e tensões comerciais, refletindo uma participação brasileira reduzida. O ex-secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, destacou que a agenda […]
O Fórum Econômico Mundial (WEF) de Davos teve início nesta segunda-feira, 20 de janeiro de 2024, reunindo líderes globais para discutir economia, tecnologia e sustentabilidade. A edição deste ano ocorre em um contexto de incertezas geopolíticas e tensões comerciais, refletindo uma participação brasileira reduzida. O ex-secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, destacou que a agenda política interna do Brasil exigiu atenção prioritária, resultando em uma delegação mais modesta, que inclui o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
A posse de Donald Trump para seu segundo mandato nos EUA gera expectativas sobre suas políticas econômicas, especialmente em relação ao protecionismo e à cooperação multilateral. Fábio Andrade, economista da ESPM, observa que essa cautela é um movimento global, com países optando por delegações menores até que as diretrizes do novo governo americano se tornem mais claras. A participação do Brasil, embora reduzida, ainda é vista como uma oportunidade para promover reformas e atrair investimentos, com foco em temas como a reforma tributária e fiscal.
Silveira, que embarcou para Davos após uma reunião ministerial, tem como missão atrair investimentos para a transição energética e discutir a COP30, que ocorrerá em novembro em Belém. A expectativa é que a agenda climática brasileira ganhe destaque nas discussões do fórum, especialmente considerando que a sustentabilidade é um tema central. No entanto, a falta de uma delegação mais robusta pode ser vista como uma oportunidade perdida para alinhar as agendas de Davos e da COP30.
Enquanto isso, o setor privado brasileiro se destaca com a estreia da Brazil House, que reúne grandes empresas como Vale e Gerdau. Andrade ressalta que esse espaço é crucial para captar recursos de investidores externos, preenchendo o vácuo deixado pela ausência de autoridades governamentais. Barral acredita que a participação brasileira neste ano será mais sobre troca de expectativas do que decisões concretas, mas espera que, com um cenário global mais claro, o evento recupere sua relevância para discussões governamentais no futuro.
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