Ibovespa avança com dados de inflação e incertezas sobre tarifas de Trump

Os mercados financeiros enfrentam um dia de volatilidade, com o Ibovespa (IBOV) apresentando leve alta de 0,29%, fechando a 123.866 pontos após duas sessões de perdas. O dólar, por sua vez, caiu 0,14%, cotado a R$ 5,8020. O movimento positivo foi impulsionado principalmente pelas ações do Itaú Unibanco (ITUB4) e da Ambev (ABEV3), que subiram 0,31% e 1,32%, respectivamente. Contudo, a queda de 1,25% das ações da Vale (VALE3) limitou um avanço maior do índice.

No cenário internacional, os investidores aguardam a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA, que deve mostrar um aumento de 0,3% em fevereiro, resultando em uma inflação anual de 2,9%. Esse dado é crucial, pois, apesar de indicar uma desaceleração em relação aos picos anteriores, ainda está acima da meta do Federal Reserve. A tensão comercial também se intensifica, com a União Europeia anunciando tarifas sobre produtos americanos em resposta às tarifas de 25% impostas por Donald Trump sobre aço e alumínio.

Além disso, a Ucrânia concordou com um cessar-fogo de 30 dias, o que pode aliviar algumas tensões no mercado de commodities. No entanto, as companhias aéreas, como American Airlines e Delta, reportaram uma queda na demanda de viagens, refletindo um ambiente econômico mais cauteloso. O CEO da Delta, Ed Bastian, mencionou que os consumidores estão hesitando em viajar, aguardando um cenário mais claro.

Por fim, o cenário econômico global continua a ser afetado por incertezas políticas e comerciais, com os investidores atentos às repercussões das tarifas de Trump e suas possíveis consequências para a inflação e o crescimento econômico. As bolsas americanas, após um dia de alívio, mostram sinais mistos, com o Dow Jones caindo 0,20%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq subiram 0,49% e 1,22%, respectivamente.