François Bayrou planeja visitar a China para apoiar a indústria do cognac

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, visitará Pékin no dia 27 de março para discutir questões comerciais e diplomáticas. Durante a visita, Barrot tentará adiar até julho a implementação de tarifas que a China planeja aplicar sobre as bebidas alcoólicas europeias, em resposta a taxas sobre veículos elétricos chineses. A filial de cognac na França expressou preocupações sobre a possibilidade de uma "catástrofe" devido a essas tarifas.

Além disso, Barrot buscará garantir que o cognac permaneça disponível em lojas duty-free, um mercado crucial para a indústria. A ministra Annie Genevard destacou que a França liderará a diplomacia em relação à China, enquanto a União Europeia (UE) adota uma postura de firmeza nas negociações. A ministra também mencionou que a França está pedindo à UE para excluir setores vulneráveis das contramedidas comerciais.

Em relação aos Estados Unidos, que ameaçam impor tarifas de até 200% sobre vinhos e destilados europeus, a estratégia será similar: combinar firmeza e diplomacia. A UE planeja reativar um pacote de sanções de 2018 e discutir novas medidas em 1º de abril. Genevard enfatizou a necessidade de proteger as indústrias mais afetadas, como a de vinhos e destilados, que já enfrentam desafios significativos.

A visita de Barrot a Pékin é vista como um passo importante para fortalecer as relações comerciais e diplomáticas entre a França e a China, em um momento em que as tensões comerciais globais estão em alta. A resposta da China e a eficácia das negociações serão observadas de perto, especialmente em um contexto onde a diplomacia se torna cada vez mais crucial para a economia europeia.