A APEC, que reúne 21 economias, incluindo os EUA e a China, alertou que o crescimento global pode desacelerar para 2,6% em 2025, devido a tensões comerciais e incertezas que afetam investimentos e comércio. Carlos Kuriyama, diretor da APEC, destacou que o aumento de tarifas e barreiras comerciais está criando um ambiente desfavorável para o comércio. Ele mencionou que essa incerteza faz com que muitas empresas adiem investimentos e lançamentos de produtos. A situação é complicada pela postura agressiva do presidente dos EUA, Donald Trump, que impôs tarifas elevadas e gerou retaliações. Kuriyama enfatizou que é necessário restaurar a confiança no comércio, o que envolve não apenas a redução das tensões, mas também o fortalecimento das cadeias de suprimento e a melhoria da transparência nas regras comerciais. Outros líderes, como a ex-ministra do Comércio do Canadá, Mary Ng, e o ministro do Comércio da Malásia, Tengku Zafrul Aziz, também ressaltaram a importância de acordos comerciais que ofereçam previsibilidade e diálogo entre os países. A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, alertou que a divisão do comércio global em blocos pode resultar em uma perda significativa no PIB mundial a longo prazo.
A Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC) alertou que o crescimento econômico global pode desacelerar para 2,6% em 2025, uma queda em relação aos 3,6% do ano anterior. A previsão foi divulgada durante uma reunião na Coreia do Sul, onde as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China foram destacadas como fatores que afetam a confiança dos investidores.
Carlos Kuriyama, diretor da Unidade de Apoio à Política da APEC, afirmou que o ambiente atual é desfavorável ao comércio, citando aumento de tarifas, medidas retaliatórias e a proliferação de barreiras não tarifárias. Ele ressaltou que a incerteza está levando empresas a adiar investimentos e lançamentos de produtos até que a situação se torne mais previsível.
A reunião ocorre em um contexto de tensões comerciais exacerbadas pela postura agressiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Embora as tarifas recíprocas tenham sido suspensas, a incerteza persiste. Kuriyama enfatizou que restaurar a confiança no comércio requer não apenas a redução das tensões, mas também o fortalecimento da resiliência das cadeias de suprimento e a melhoria da transparência nas regras comerciais.
Importância do Diálogo
A ministra do Comércio e Investimento da Malásia, Tengku Zafrul Aziz, destacou a importância do diálogo entre os países. Ele afirmou que as nações da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) acreditam em um sistema comercial multilateral baseado em regras.
A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, também participou do evento e pediu um diálogo com os Estados Unidos para entender as causas das tensões atuais. Ela alertou que a divisão do mundo em dois blocos comerciais pode resultar em uma perda de 7% do PIB global a longo prazo.
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