Economia

Dólar apresenta instabilidade e preocupa especialistas em economia brasileira

A economia dos Estados Unidos enfrenta um momento crítico, com a dívida pública ultrapassando US$ 36 trilhões e uma crescente perda de influência global, especialmente em relação ao dólar. Recentemente, a Moody's rebaixou a nota de crédito do país, seguindo as ações da Fitch e da S&P. O Fundo Monetário Internacional (FMI) também expressou preocupações sobre o aumento do déficit fiscal e a deterioração da confiança no dólar como moeda de reserva global. A situação é ainda mais complicada pela alta persistente dos juros de longo prazo, que não são controlados pelo Federal Reserve, mas pelo mercado. Os títulos do Tesouro dos EUA, conhecidos como treasuries, estão perdendo valor, levando investidores, como Japão e China, a diversificarem seus ativos. Essa troca aumenta a oferta desses papéis no mercado, pressionando ainda mais os juros. Rubens Ricupero, ex secretário do Tesouro dos EUA, afirmou que o país já não tem o poder de moldar o futuro econômico global. A deterioração das contas públicas é alarmante, com gastos anuais de US$ 1 trilhão apenas em juros. A falta de vontade política para reverter essa situação é evidente, especialmente com promessas de cortes de impostos que não serão compensados por um aumento na arrecadação. Diante desse cenário, a diversificação dos investimentos tem se tornado uma tendência, com investidores buscando alternativas como ouro, euros, francos suíços e criptomoedas. No entanto, esses ativos ainda não têm volume suficiente para substituir o dólar e os treasuries como reserva de valor. Mudanças monetárias e cambiais são inevitáveis, como demonstrado pela história da libra esterlina, que perdeu sua posição de destaque para o dólar em 1944. A confiança no dólar, sustentada pela força da economia americana, está em declínio. O atual cenário reflete fragilidades nas contas públicas e a falta de condições políticas para reverter essa trajetória. A economia global pode estar à beira de uma nova reconfiguração monetária. **Linha fina:** A economia dos EUA enfrenta um rebaixamento de crédito e perda de confiança no dólar, sinalizando uma possível reconfiguração monetária global.

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A economia dos Estados Unidos enfrenta um cenário desafiador, com a dívida pública superando US$ 36 trilhões e uma crescente perda de hegemonia global, especialmente em relação ao dólar. Recentemente, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota de crédito do país, seguindo os passos da Fitch e da S&P. O Fundo Monetário Internacional (FMI) também alertou sobre o aumento do rombo fiscal e a deterioração da confiança no dólar como moeda de reserva global.

A situação é agravada pela alta persistente dos juros de longo prazo, que não é controlada pelo Federal Reserve, mas sim pelo mercado. Os títulos do Tesouro dos EUA, conhecidos como treasuries, estão perdendo valor, levando investidores, como Japão e China, a trocá-los por outros ativos. Essa movimentação aumenta a oferta desses papéis no mercado, pressionando ainda mais os juros.

Rubens Ricupero, ex-secretário do Tesouro dos EUA, destacou que o país já não possui mais o poder de determinar o futuro econômico global. A deterioração das contas públicas é um fator crucial, com gastos anuais de US$ 1 trilhão apenas em juros. A falta de vontade política para reverter essa situação é evidente, especialmente com promessas de cortes de impostos que não serão compensados por um aumento na arrecadação.

A Diversificação dos Investimentos

A diversificação dos ativos tem sido uma tendência crescente, com investidores buscando alternativas como ouro, euros, francos suíços e criptomoedas. No entanto, esses ativos ainda não apresentam volume ou densidade suficientes para substituir o dólar e os treasuries como reserva de valor. Mudanças monetárias e cambiais são inevitáveis, como demonstrado pela história da libra esterlina, que perdeu sua posição de destaque para o dólar em 1944.

A confiança no dólar, que foi sustentada pela força da economia americana, está em declínio. O cenário atual reflete uma fragilidade nas contas públicas e uma falta de condições políticas para reverter essa trajetória. A situação exige atenção, pois a economia global pode estar à beira de uma nova reconfiguração monetária.

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