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Fundo soberano da Noruega projeta prejuízo bilionário devido à crise climática

Fundo soberano da Noruega alerta que mudanças climáticas podem impactar em 19% o valor de ações nos EUA, defendendo abordagem moderada.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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O fundo soberano da Noruega, que administra 1,8 trilhão de dólares, alertou que as mudanças climáticas podem fazer o valor das ações norte-americanas em sua carteira cair em 19%. A diretora Carine Smith Ihenacho defende uma abordagem moderada, apesar das críticas sobre a falta de ações mais firmes. O fundo acredita que o setor financeiro pode estar subestimando os riscos das mudanças climáticas e busca influenciar as empresas a reduzirem suas emissões. Desde 2021, o número de empresas com metas de zero emissões líquidas aumentou de 43% para 74%. Durante um encontro, Ihenacho foi questionada sobre a necessidade de uma postura mais agressiva, mas afirmou que isso poderia ir além do mandato do fundo, que é focado em obter retornos com riscos razoáveis. A estratégia climática do fundo será revisada, mas críticos afirmam que o fundo deveria usar seu poder de voto de forma mais efetiva, já que em 2022 apoiou apenas 34% das propostas de sustentabilidade, uma queda em relação a 2018. O fundo excluiu apenas 28 empresas por questões ambientais e Ihenacho reconhece que soluções políticas são essenciais para enfrentar a crise climática. Recentemente, ONGs norueguesas sugeriram que parte do fundo do petróleo seja usada para investimentos sustentáveis, e Ihenacho admite que os investidores não podem resolver tudo sozinhos.

O fundo soberano da Noruega, Norges Bank Investment Management (NBIM), que administra US$ 1,8 trilhão provenientes de receitas de petróleo, alertou que as mudanças climáticas podem reduzir em 19% o valor das ações norte-americanas em sua carteira. A diretora de governança e compliance, Carine Smith Ihenacho, defende uma abordagem moderada, apesar das críticas sobre a falta de ações mais incisivas.

Recentemente, o NBIM destacou que o setor financeiro pode estar subestimando os riscos físicos das mudanças climáticas. A diretora Ihenacho, que lidera a estratégia de “propriedade ativa” do fundo, enfatiza que a instituição busca influenciar empresas investidas a adotar metas de redução de emissões. Desde 2021, o número de companhias com metas de zero emissões líquidas cresceu de 43% para 74%.

Estratégia e Críticas

Durante um encontro em Londres, Ihenacho foi questionada sobre a necessidade de uma postura mais agressiva do fundo em relação às mudanças climáticas. Ela argumentou que isso poderia ultrapassar o mandato do NBIM, que visa obter o maior retorno possível com risco razoável. A estratégia climática do fundo será revisada ainda este ano, em resposta a pressões de organizações da sociedade civil.

Críticos, como Anja Bakken Riise, diretora do grupo Future in our Hands, afirmam que o NBIM deveria usar seu poder de voto de forma mais contundente. Em 2022, o fundo apoiou apenas 34% das propostas de acionistas relacionadas à sustentabilidade, uma queda em relação aos 52% de 2018. Ihenacho atribui essa diminuição ao aumento de resoluções consideradas “prescritivas demais”.

Desafios e Futuro

O NBIM mantém uma abordagem cautelosa em relação à exclusão de investimentos, banindo apenas 28 empresas por razões ambientais. A revisão da estratégia climática não deve resultar em mudanças drásticas, mesmo com os riscos alarmantes identificados. Ihenacho destaca que, embora o fundo busque influenciar as empresas, soluções políticas são essenciais para enfrentar a crise climática.

Recentemente, ONGs norueguesas realizaram uma “assembleia cidadã” que concluiu que a Noruega deve ter um papel mais ativo no combate às mudanças climáticas, sugerindo que parte do fundo do petróleo seja direcionada a investimentos sustentáveis. Ihenacho reconhece a necessidade de realismo sobre o que os investidores podem fazer sozinhos.

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