Um estudo do Boston Consulting Group mostra que o Brasil pode se tornar um líder na produção de metais de baixo carbono, como aço e alumínio, atraindo investimentos de até US$ 3 trilhões até 2050. O país tem muitos recursos naturais, uma matriz energética renovável e uma localização estratégica, o que o coloca em uma posição vantajosa para a descarbonização da indústria. Se o Brasil aumentar sua participação no mercado global, as emissões de aço poderiam cair entre 3% e 4%, enquanto as de alumínio poderiam diminuir de 10% a 13%. Apesar de ter grandes reservas de minério de ferro e bauxita, o Brasil atualmente representa apenas uma pequena parte da produção global desses metais, indicando um grande potencial a ser explorado. A energia renovável do país ajudaria a reduzir as emissões da indústria, e o governo está comprometido com políticas ambientais que incentivam projetos sustentáveis. O estudo destaca que, se o Brasil conseguir exportar entre 15 e 20 milhões de toneladas de aço ou alumínio, isso poderia ter um impacto significativo, especialmente na União Europeia, que poderia reduzir suas emissões em até 50 milhões de toneladas de CO2. O mercado europeu é uma oportunidade importante, podendo gerar bilhões em investimentos e criar muitos empregos. No entanto, o Brasil precisa enfrentar desafios, como desenvolver estratégias de reciclagem e investir em tecnologias de baixo carbono, além de criar um ambiente regulatório favorável. O país tem potencial para liderar em várias áreas de soluções verdes, como energia eólica, solar e produção de hidrogênio verde, especialmente com a COP30 se aproximando, o que oferece uma chance de mostrar resultados concretos em direção a um futuro sustentável.
O Brasil se destaca como um potencial líder na descarbonização da indústria de metais, segundo um estudo do Boston Consulting Group (BCG) divulgado nesta segunda-feira, 2, durante o Brazil Climate Summit Europe. O país pode atrair investimentos de US$ 2,66 trilhões a US$ 3 trilhões até 2050, aproveitando suas vantagens naturais.
O estudo aponta que, se o Brasil aumentar sua participação no mercado de aço e alumínio, as emissões globais poderiam cair entre 3% e 4% para o aço e entre 10% e 13% para o alumínio. O Brasil possui 17% das reservas globais de minério de ferro e 9% de bauxita, mas atualmente representa apenas 2% da produção de aço e 1% do alumínio. Isso indica um grande potencial inexplorado.
A matriz energética renovável do Brasil é um diferencial importante, pois reduz as emissões associadas ao consumo energético na indústria. O BCG destaca que, se o país conseguir oferecer 15 a 20 milhões de toneladas de aço ou alumínio para exportação, o impacto seria significativo. A União Europeia poderia reduzir suas emissões em até 50 milhões de toneladas de CO2 equivalente ao substituir fornecedores de alta intensidade de carbono pela matéria-prima brasileira.
Oportunidades e Desafios
O mercado europeu representa uma oportunidade atrativa, podendo gerar entre 10 e 15 bilhões de euros em investimentos. As exportações brasileiras para a União Europeia poderiam ser multiplicadas por 20 a 22 vezes, criando muitos empregos e consolidando o Brasil como um player estratégico.
Entretanto, o país enfrenta desafios para transformar esse potencial em realidade. É necessário implementar estratégias de circularidade nas cadeias produtivas, investir em tecnologias de baixo carbono e criar um ambiente regulatório favorável. O BCG ressalta que a imagem do Brasil como um país rico em recursos naturais o posiciona como uma potência em soluções verdes, incluindo energia eólica, solar e produção de hidrogênio verde.
Com a COP30 marcada para ocorrer em Belém do Pará, o Brasil tem a chance de apresentar resultados concretos e se tornar um exemplo global na transição para uma economia sustentável.
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