O diretor do Federal Reserve, Christopher Waller, acredita que ainda é possível reduzir os juros este ano, mesmo com a inflação temporariamente alta devido a tarifas. Ele mencionou que as tarifas podem aumentar a inflação nos próximos meses, mas que isso não deve afetar a política monetária, desde que as expectativas de inflação se mantenham estáveis. Waller também comentou que as tarifas podem levar a um aumento no desemprego, mas que os cortes de empregos devem ser modestos. Ele ajustou suas previsões para uma tarifa média de 15% sobre as importações. Além disso, Waller destacou que o déficit fiscal dos EUA, que deve ficar em cerca de 2 trilhões de dólares, está afetando os rendimentos dos títulos do Tesouro. Ele observou que os investidores estão preocupados com a quantidade de dívida que o governo está emitindo. Waller também descartou um aumento nas expectativas de inflação a longo prazo, preferindo confiar em medidas de mercado. Ele acredita que o mercado de trabalho está forte e que o progresso em direção à meta de inflação de 2% dá ao Fed tempo para observar como as negociações comerciais se desenrolam.
O diretor do Federal Reserve, Christopher Waller, afirmou que ainda vê a possibilidade de cortes de juros este ano. Ele fez essa declaração durante uma conferência do Banco da Coreia, em Seul, nesta segunda-feira. Waller acredita que o aumento temporário da inflação, causado por tarifas, não deve impedir a política monetária do banco central.
Waller destacou que as tarifas podem elevar a inflação nos próximos meses, mas defendeu que esse aumento deve ser considerado temporário, desde que as expectativas de inflação permaneçam estáveis. Ele mencionou que, se a inflação subjacente continuar a progredir em direção à meta de 2% e o mercado de trabalho se mantiver robusto, apoiaria cortes de juros ainda em 2025.
Cenários de Tarifas
O diretor delineou dois cenários sobre a política comercial. O primeiro, de tarifa alta, prevê uma tarifa média de 25% sobre bens, enquanto o segundo, de tarifa menor, sugere uma média de 10%. Waller agora estima uma tarifa ponderada de 15% sobre as importações. Ele acredita que o impacto das tarifas sobre a inflação será temporário e que o aumento do desemprego será modesto.
Durante a conferência, Waller também comentou sobre o déficit fiscal dos Estados Unidos, que deve permanecer próximo a US$ 2 trilhões, cerca de 6% do PIB. Ele alertou que um aumento na emissão de dívida pode levar a uma queda nos preços dos títulos, afetando a confiança dos investidores.
Expectativas do Mercado
Waller observou que os recentes desenvolvimentos comerciais e geopolíticos têm gerado aversão ao risco entre investidores estrangeiros. Ele afirmou que alguns compradores institucionais estão reavaliando sua exposição a ativos dos EUA, o que pode impactar a demanda e elevar os rendimentos dos títulos.
Por fim, Waller descartou um aumento nas expectativas de inflação dos consumidores para os próximos cinco a dez anos, preferindo analisar medidas de compensação inflacionária baseadas no mercado. Ele reiterou que a força do mercado de trabalho e o progresso em direção à meta de inflação oferecem ao Fed tempo para observar como as negociações comerciais evoluem.
Entre na conversa da comunidade