O Norges Bank Investment Management, o maior fundo soberano do mundo, enviará uma carta à Comissão Europeia nesta terça-feira, destacando a importância de “regulação melhor e mais simples” para revitalizar os mercados europeus. O fundo, que possui € 285 bilhões em títulos emitidos por estados membros da União Europeia e empresas europeias, argumenta que a […]
O Norges Bank Investment Management, o maior fundo soberano do mundo, enviará uma carta à Comissão Europeia nesta terça-feira, destacando a importância de “regulação melhor e mais simples” para revitalizar os mercados europeus. O fundo, que possui € 285 bilhões em títulos emitidos por estados membros da União Europeia e empresas europeias, argumenta que a falta de uma supervisão unificada de capitais tem prejudicado a dinâmica dos negócios na região.
A carta é parte de uma consulta da União Europeia sobre a criação de um framework de União de Poupanças e Investimentos, que visa simplificar os sistemas financeiros do bloco. O Norges Bank, que gerencia receitas significativas do setor de petróleo e gás da Noruega, possui um valor total de ativos de aproximadamente $ 1,9 trilhões.
Desafios da Regulação
O fundo ressalta que a falta de um regulador de mercado de valores mobiliários único na UE gera incertezas legais e complexidade operacional. Isso resulta em processos longos e interpretações inconsistentes das regras. O Norges Bank também aponta a necessidade de abordar a fragmentação regional nas leis de valores mobiliários, insolvência e regimes fiscais.
Além disso, o fundo recomenda a padronização do processo de emissão de dívidas em toda a Europa. Segundo o Norges Bank, “os mercados de capitais europeus podem se tornar mais dinâmicos e eficientes” com políticas que aumentem a oferta de oportunidades de investimento produtivo e a demanda por investimentos de alto rendimento.
Mudanças no Cenário de Investimentos
Nos últimos seis meses, a percepção dos investidores globais em relação aos mercados europeus mudou significativamente. Fatores como a turbulência política nos Estados Unidos e expectativas de reformas regulatórias na Europa têm contribuído para essa mudança. Blair Jacobson, co-presidente da Ares Management, afirmou que “a Europa está amadurecendo e assumindo o controle de seu próprio destino”, o que pode ser positivo para as tendências macroeconômicas.
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