O mercado de luxo deve enfrentar uma desaceleração em 2025, segundo um estudo da Bain and Company. As vendas podem cair entre 2% e 9% devido a incertezas econômicas e geopolíticas. Após um período de recuperação pós-Covid, a confiança dos consumidores está sendo abalada por problemas econômicos e tensões internacionais. Os principais mercados, como China e Estados Unidos, estão vendo uma diminuição na demanda, com os EUA lidando com tarifas e a China mostrando cautela entre os consumidores. A diretora da Bain, Joëlle de Montgolfier, observa que, embora os gastos tenham aumentado após a pandemia, agora há um retorno à normalidade. As vendas de bens de luxo pessoal podem cair de 2% a 5% em 2025, dependendo do cenário. A indústria também enfrenta desafios criativos, com mudanças em grandes marcas como Chanel e Gucci. Apesar disso, a Bain acredita que, a longo prazo, mais de 300 milhões de novos consumidores, principalmente da Geração Z e Geração Alfa, devem entrar no mercado de luxo, o que pode trazer crescimento futuro.
O mercado global de luxo enfrenta uma desaceleração prevista para 2025, conforme aponta um estudo da Bain and Company. A pesquisa indica que as vendas podem cair entre 2% e 9%, impactadas por incertezas econômicas e geopolíticas. O setor, que vinha se recuperando após a crise da Covid, agora enfrenta desafios significativos.
A confiança do consumidor de luxo está sendo afetada por turbulências econômicas, tensões geopolíticas e flutuações cambiais. A Bain and Company, em parceria com a Fundação Altagamma, destaca que a situação atual pode ser a mais desafiadora em 15 anos. Os principais mercados, China e Estados Unidos, estão registrando uma queda na demanda, com os EUA lidando com questões tarifárias e a China apresentando uma postura cautelosa da classe média.
Cenários de Vendas
Joëlle de Montgolfier, diretora da área de luxo da Bain, afirma que os gastos globais com luxo aumentaram após a pandemia, mas agora há um retorno à normalidade. As vendas de bens de luxo pessoal, que representam cerca de um quarto do total, podem cair de 2% a 5% em 2025, dependendo do cenário. O estudo considera um cenário otimista, com vendas variando entre -2% e +2%, e um pessimista, que prevê quedas de 5% a 9%.
A incerteza sobre o valor agregado do luxo e a atratividade dos produtos também são preocupações. A indústria está passando por uma dança das cadeiras entre diretores criativos, o que gera dúvidas sobre a capacidade de inovação e renovação do setor. Mudanças recentes em grandes casas de moda, como Chanel e Gucci, refletem essa busca por reinvenção.
Perspectivas Futuras
Apesar dos desafios imediatos, a Bain and Company mantém uma visão positiva a longo prazo. Nos próximos cinco anos, mais de 300 milhões de novos consumidores devem entrar no mercado de luxo, com destaque para a Geração Z e a Geração Alfa. O aumento da renda global e as transferências de riqueza entre gerações podem expandir a base de clientes do setor.
A análise conclui que, embora o mercado de luxo enfrente um período turbulento, os fundamentos e as perspectivas permanecem sólidos, indicando um potencial crescimento futuro.
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