Petróleo tem queda com tarifas de Trump e aumento da oferta da Opep

A retomada das ameaças tarifárias de Donald Trump e a decisão da Opep de aumentar a produção de petróleo devem pressionar os preços do barril para baixo. Economistas apontam que, apesar da intenção de Trump de estimular a produção local, sua política tarifária pode desacelerar a economia global, reduzindo a demanda por petróleo.

A Opep, em resposta à necessidade de recompor receitas, decidiu extrair mais petróleo, o que intensifica a oferta no mercado. Atualmente, o preço do barril está em torno de US$ 70, com previsões de queda. O economista Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, destaca a contradição na política de Trump, que busca aumentar a produção de petróleo, mas suas tarifas podem resultar em preços mais baixos.

A queda nos preços do barril, que começou no fim de março, ainda não foi corrigida. O economista Hélcio Takeda, da Pezco Economic & Financial Analysis, observa que o breve aumento nos preços devido ao conflito entre Israel e Irã não foi suficiente para estabilizar o mercado. Para Pires, o ideal seria que a Opep mantivesse os preços em torno de US$ 60.

Além disso, grandes perfuradoras de xisto nos EUA estão paralisando suas operações devido ao receio de excesso de oferta e à guerra comercial promovida por Trump. A prorrogação das negociações comerciais pode oferecer um alívio temporário, mas não deve alterar a tendência de queda nos preços do petróleo. Uma possível estratégia de Trump para mitigar os efeitos sobre os preços seria a redução dos estoques.