05 de dez 2024
Petróleo recua após Opep+ adiar cortes de produção para abril de 2025
A Opep+ prorrogou cortes de produção até março de 2025, preocupada com a demanda. Os preços do petróleo caíram, com o Brent a US$ 72,09 e o WTI a US$ 68,30. A decisão reflete um superávit no mercado e falta de cumprimento de metas. A redução gradual dos cortes começará em abril de 2025, durando até setembro de 2026. A Opep+ enfrenta incertezas globais, incluindo a recuperação econômica da China.
Exploração de petróleo em Triguères, França (Foto: REUTERS/Benoit Tessier)
Os contratos futuros de petróleo apresentaram queda nesta quinta-feira, dia 5 de dezembro de 2024, após a reunião da Opep+, que decidiu prorrogar os cortes de produção de 2,2 milhões de barris por dia até março de 2025. O petróleo WTI para janeiro fechou a US$ 68,30 o barril, uma baixa de 0,35%, enquanto o Brent para fevereiro recuou 0,3%, a US$ 72,09. A Opep+ indicou que a reversão gradual dos cortes começará em abril de 2025 e se estenderá até setembro de 2026, em resposta a preocupações sobre excesso de oferta e cumprimento das metas por alguns membros.
O ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, afirmou que a decisão de adiar o aumento da produção permitirá ao grupo avaliar a demanda global e as condições econômicas. A Opep+ enfrenta variáveis complexas, como o crescimento econômico e a inflação, além de incertezas geopolíticas. A análise da Capital Economics sugere que o atraso nos cortes pode restringir o mercado em cerca de 0,5% da demanda, sustentando os preços a curto prazo.
Apesar da extensão dos cortes, os preços do petróleo caíram, refletindo uma perspectiva de superávit no mercado. O analista Bob Yawger, da Mizuho, destacou que não há sinais de escassez de petróleo e que o mercado enfrenta um cenário desafiador. A Opep+ produz aproximadamente metade do petróleo mundial, e a desaceleração da demanda global tem levado a adiamentos nas decisões de produção.
Analistas da HSBC consideraram que a decisão da Opep+ é "marginalmente favorável" para o equilíbrio entre oferta e demanda, reduzindo a previsão de superávit para 0,2 milhões de barris por dia em 2025, caso o grupo siga com o aumento da produção em abril. A demanda global continua sendo uma preocupação central, com a Opep prevendo um crescimento de 1,54 milhões de barris por dia em 2025, enquanto a Agência Internacional de Energia estima um aumento de 920 mil barris por dia neste ano.
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.