O ouro futuro encerrou a sexta-feira, 6 de dezembro, em alta, após uma queda no dia anterior, impulsionado pela diminuição dos juros dos Treasuries. O relatório do payroll dos Estados Unidos indicou uma recuperação no emprego em novembro, mas não alterou as expectativas de um possível alívio monetário pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro. O contrato de fevereiro subiu 0,42%, alcançando US$ 2.659,6 a onça-troy na Comex, revertendo uma queda inicial. Apesar da alta, o metal precioso acumulou uma queda semanal de 0,58%.

Na quinta-feira, 5 de dezembro, o ouro havia fechado em queda de 1,04%, cotado a US$ 2.648,40 a onça-troy, em meio à cautela antes da divulgação do relatório de emprego. Esperava-se que o relatório mostrasse a criação de 200 mil postos de trabalho em novembro, após apenas 12 mil no mês anterior. O Bank of America destacou que um fortalecimento no payroll poderia ser visto pelo Fed como um sinal positivo, o que poderia alimentar o interesse dos investidores pelo ouro, que não oferece rendimento.

A alta do Bitcoin, que superou US$ 100 mil, também influenciou o mercado, com o metal precioso sendo considerado uma alternativa de reserva de valor. O presidente do Fed, Jerome Powell, comentou que o Bitcoin é um concorrente do ouro, o que pode ter contribuído para a volatilidade dos preços do metal. Além disso, a CME anunciou o lançamento de futuros de ouro de 1 onça a partir de 13 de janeiro, visando atender à crescente demanda de investidores de varejo.

Por outro lado, a Torex Gold Resources suspendeu suas operações no México após um acidente que resultou na morte de três trabalhadores devido à exposição a monóxido de carbono na mina subterrânea de El Limon Guajes. Essa interrupção na oferta pode impactar ainda mais o mercado de ouro, que já enfrenta desafios com a concorrência de ativos digitais e a dinâmica das taxas de juros.