As ações da Raízen (RAIZ4) enfrentam uma forte desvalorização nesta segunda-feira, 20 de novembro de 2024, com uma queda de 5,88%, cotadas a R$ 1,92. O movimento ocorre em meio à repercussão dos dados operacionais do terceiro trimestre da safra 2024/2025 e à decisão da empresa de descontinuar a divulgação de seu guidance financeiro, devido […]
As ações da Raízen (RAIZ4) enfrentam uma forte desvalorização nesta segunda-feira, 20 de novembro de 2024, com uma queda de 5,88%, cotadas a R$ 1,92. O movimento ocorre em meio à repercussão dos dados operacionais do terceiro trimestre da safra 2024/2025 e à decisão da empresa de descontinuar a divulgação de seu guidance financeiro, devido a eventos internos. O Itaú BBA apontou que a produtividade da cana-de-açúcar e as taxas de conversão de açúcar foram afetadas por déficits hídricos e incêndios florestais, resultando em um esmagamento 27% inferior em relação ao ano anterior.
Apesar dos desafios, a produção de etanol de segunda geração (E2G) alcançou 18,5 milhões de litros, uma alta de 23% na comparação trimestral, impulsionada pela retomada das operações na Planta Bonfim 2. No entanto, a planta piloto de Costa Pinto encerrará suas operações regulares. Os volumes de vendas no Brasil caíram para entre 6,8 a 6,9 milhões de m³, uma redução de 4% na base anual, enquanto na América Latina, as vendas aumentaram 3%, totalizando entre 1,9 a 2,0 milhões de m³.
O Itaú BBA prevê um Ebitda ajustado de R$ 3,375 bilhões para o trimestre, com uma margem de R$ 127/m³ no segmento de Mobilidade no Brasil, além de um lucro líquido estimado em R$ 202 milhões. A recomendação do banco permanece como compra, com um preço-alvo de R$ 4,50. Em contrapartida, o Bradesco BBI classificou os resultados como negativos, prevendo que a cana processada deve ficar abaixo da expectativa de 82 milhões de toneladas para o ano agrícola, e uma queda sequencial no Ebitda devido a volumes menores de açúcar e etanol.
O BBI também observou que as margens do setor de distribuição de combustíveis no Brasil estão mais baixas no quarto trimestre de 2024 em comparação ao terceiro, o que pode dificultar a recuperação das margens da Raízen, apesar dos bons volumes. A descontinuação da orientação financeira foi considerada esperada, dadas as circunstâncias recentes e as mudanças em andamento na empresa. O BBI projeta um Ebitda de R$ 13,8 bilhões para 2025, abaixo da faixa inferior da previsão anterior.
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