25 de jan 2025
Real registra maior valorização mensal frente ao dólar desde junho de 2023
O real valorizou 5,09% em janeiro de 2025, encerrando a R$ 5,8925. Essa recuperação é a maior desde junho de 2023, após desvalorização de 27,3%. O Rublo Russo lidera a valorização global, com 11,34% no mesmo período. Declarações brandas de Donald Trump sobre tarifas comerciais influenciaram o mercado. O real saiu do posto de pior moeda do mundo, mas ainda enfrenta desafios.
Real tem maior valorização mensal frente ao dólar Ptax desde junho de 2023 (Foto: Consultoria Elos Ayta; dados de 24 de janeiro)
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O real apresentou uma recuperação significativa em janeiro de 2025, com uma valorização de 5,09% frente ao dólar Ptax, encerrando o mês a R$ 5,8925. Este desempenho é o melhor desde junho de 2023, quando a moeda brasileira havia se valorizado 5,74%. Apesar de ser considerada a pior moeda entre as principais cestas em 2024, o real ficou em segundo lugar em valorização entre as moedas globais, atrás apenas do rublo russo, que subiu 11,34%.
Nos últimos doze meses, o real ainda figura em segundo lugar no ranking de desvalorização, perdendo apenas para o peso argentino, que caiu 21,56%. O dólar comercial, por sua vez, recuou 13,50% e o dólar Ptax, que é a média de valores usada como taxa de referência, teve uma queda de 17,07%. Essa diferença é crucial, pois o dólar comercial é utilizado para operações de compra e venda de contratos em moeda estrangeira.
O recuo do dólar comercial nesta última semana foi o maior desde agosto do ano passado, influenciado por declarações mais brandas de Donald Trump sobre tarifas a importados. Segundo Alexandre Viotto, da EQI Investimentos, o real se beneficiou do apetite ao risco no exterior, especialmente após o dólar romper a barreira de R$ 6,00, levando a zeragem de posições compradas na moeda americana.
Além disso, Trump indicou que prefere não usar tarifas como instrumento de negociação com a China, o que pode impactar o mercado. O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) anunciou uma revisão do acordo comercial com a China, o que pode trazer novas dinâmicas para o câmbio e a economia global.
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