A compra do Banco Master provoca alta nas ações da XP e alivia riscos no mercado

A compra do Banco Master pelo BRB teve um impacto imediato nas ações da XP, conforme noticiado pelo colunista Lauro Jardim, do GLOBO. Após a divulgação, os recibos de ações da corretora de Guilherme Benchimol subiram de R$ 82,28 para R$ 85,70, representando um aumento de mais de 4% em poucos minutos. Essa reação foi interpretada como um alívio em relação ao risco sistêmico associado aos CDBs de juros elevados do Master, que eram amplamente distribuídos pela XP.

Como a maior corretora do Brasil, a XP tem uma significativa exposição a esses papéis, especialmente entre clientes pessoas físicas. Nos últimos meses, assessorias de investimento ligadas à XP tomaram medidas para limitar a exposição de seus clientes ao CDB do Master, restringindo-a ao valor protegido de R$ 250 mil pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Uma fonte ligada a uma dessas assessorias destacou que a situação era conhecida por todos os envolvidos e que esforços foram feitos para mitigar riscos.

Apesar da alta inicial, as ações da XP enfrentaram uma queda de mais de 6% em Nova York no dia seguinte. Essa volatilidade reflete a preocupação contínua do mercado com a saúde financeira do Banco Master e as implicações para a XP, que é um dos principais players do setor. A situação evidencia a interconexão entre as instituições financeiras e os riscos que podem surgir em um ambiente econômico desafiador.

O movimento das ações da XP e a reação do mercado ressaltam a importância de monitorar a exposição a ativos de risco, especialmente em tempos de incerteza. A compra do Banco Master pelo BRB não apenas alterou a dinâmica das ações da XP, mas também levantou questões sobre a solidez das instituições financeiras e a confiança dos investidores no sistema.