O Banco Central do Brasil divulgou um relatório que mostra que, apesar do aumento do crédito, os bancos estão se tornando mais cautelosos para 2025 devido a riscos fiscais e ao aumento da inadimplência. A concentração bancária também cresceu, com os quatro maiores bancos controlando 57,9% do mercado de crédito. O relatório destaca que a economia brasileira enfrenta um ambiente externo desafiador, especialmente por causa das políticas comerciais dos Estados Unidos. Embora o crédito tenha acelerado, o comprometimento da renda das famílias está alto, o que pode aumentar o risco de crédito no futuro. O sistema financeiro, no entanto, está bem preparado, com capital e liquidez adequados. O Banco Central também observou que os riscos climáticos estão se tornando mais relevantes, mas seu impacto é considerado baixo. A política monetária atual, com juros altos, deve afetar as empresas, mas de forma menos severa do que em crises anteriores.
O Banco Central do Brasil (BC) divulgou nesta terça-feira, 29, o Relatório de Estabilidade Financeira, que aponta uma aceleração do crédito, mas com instituições financeiras adotando maior cautela em 2025. O documento destaca riscos fiscais e aumento da inadimplência como preocupações centrais.
O relatório, publicado semestralmente, analisa a saúde das contas públicas e a estabilidade financeira do país. O BC identificou um ambiente externo desafiador, especialmente devido à política econômica dos Estados Unidos. A incerteza gerada pela guerra comercial e as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump impactaram a economia global e, consequentemente, a brasileira.
O relatório revela que os quatro maiores bancos do Brasil controlam 57,9% do mercado de crédito, um aumento em relação ao ano anterior. Essa concentração contraria as diretrizes do BC, que busca promover maior concorrência no setor financeiro. Apesar disso, o sistema financeiro permanece sólido, com capitalização e liquidez adequadas.
O BC também observou que, embora o crédito tenha acelerado, as instituições financeiras estão mais cautelosas em relação ao risco. O comprometimento da renda das famílias está em níveis historicamente altos, o que pode aumentar a inadimplência no médio prazo. O relatório destaca que a deterioração fiscal é um fator que agrava a situação econômica.
Além disso, o BC mencionou que os riscos climáticos, embora considerados, têm um impacto menor do que em anos anteriores. O relatório conclui que, apesar da estabilidade atual, há uma expectativa de turbulência econômica no futuro, exigindo preparação por parte do Banco Central e do governo.
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