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Mercado de streaming brasileiro enfrenta crise com queda de produções e empregos

Queda de 30% nas produções de streaming no Brasil gera crise no setor, com investigações sobre contratos abusivos e desemprego crescente.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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O mercado de streaming no Brasil está enfrentando uma crise, com uma queda de 30% nas produções e no número de trabalhadores registrados. Profissionais do audiovisual, como roteiristas e assistentes, estão tendo dificuldades para encontrar trabalho. Muitas séries nacionais estão desaparecendo dos catálogos das plataformas, e o Ministério Público do Trabalho está investigando contratos considerados injustos. Em 2023, apenas 59 projetos foram registrados, empregando menos da metade dos trabalhadores do ano anterior. A situação começou a piorar no final de 2023, e muitos profissionais estão buscando alternativas em outras áreas, como a televisão e a internet. Além disso, uma pesquisa mostrou que várias séries brasileiras foram retiradas das plataformas, e a expectativa é que a tendência de queda continue. Enquanto algumas plataformas anunciam novas produções, o cenário geral é de incerteza, com alegações de que as grandes empresas estão segurando investimentos. O PL do streaming, que busca regulamentar o setor, está em discussão, mas há divergências sobre a real crise no mercado.

O mercado de streaming no Brasil enfrenta uma crise significativa, com uma queda de 30% nas produções e no número de trabalhadores registrados. O Ministério Público do Trabalho investiga contratos considerados draconianos em plataformas como Netflix, Prime Video e Disney+.

Profissionais do audiovisual relatam dificuldades para encontrar trabalho. Roteiristas e assistentes de produção estão com a mão de obra ociosa, enquanto séries nacionais desaparecem dos catálogos. Em 2023, apenas 59 projetos foram registrados no Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual (Sindcine), empregando 2.947 trabalhadores, uma queda em relação aos 85 projetos e 4.254 trabalhadores do ano anterior.

Bruno Líbano, assistente de câmera, afirma que o mercado está “morno” e que sua renda caiu. Ele agora trabalha em TV e conteúdo para internet. O ator Mariano Mattos Martins observa que, entre 2018 e 2022, metade de seus trabalhos era para streaming, mas atualmente representa menos de 5%. Mayara Wui, assistente de arte, voltou a fazer publicidade devido à falta de projetos de streaming.

Investigação do Ministério Público

O Ministério Público do Trabalho abriu um inquérito para investigar cláusulas contratuais que prejudicam roteiristas. Em 2022, apenas 10% dos associados da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (Abra) estavam em regime CLT, número que caiu para 5,5% em 2024. A concentração do mercado em poucas produtoras dificulta a negociação de contratos.

Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais revelou que, de 94 séries brasileiras lançadas entre 2016 e 2023, 12 não estão mais disponíveis nas plataformas. A pesquisadora Mariana Ferreira prevê que a tendência de queda deve continuar em 2025.

Mudanças no cenário de streaming

As grandes plataformas, como Netflix e Prime Video, estão ajustando suas estratégias após um período de crescimento. A Netflix, por exemplo, mencionou um gargalo financeiro de US$ 400 milhões relacionado ao Brasil. A presidente do Sindcine, Sonia Santana, aponta que a redução de investimentos pode ser uma pressão política contra a regulamentação do setor.

Enquanto isso, o Projeto de Lei do Streaming avança em Brasília, buscando regulamentar o setor e exigir contribuições para produções brasileiras. As plataformas, no entanto, afirmam que a quantidade de produções reflete decisões estratégicas e não deve ser atribuída à regulamentação.

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