As ações da Meta, controladora do Facebook, atingiram um recorde histórico nesta sexta-feira, com alta de 2,4%, após um tribunal de apelações dos EUA confirmar uma lei que exige que a ByteDance, proprietária do TikTok, venda suas operações no país até 19 de janeiro de 2025 ou enfrente uma proibição. Essa decisão impacta diretamente os 170 milhões de usuários do TikTok nos EUA e representa um desafio significativo para a ByteDance, que já se manifestou contra a lei, alegando que ela é inconstitucional e viola direitos de liberdade de expressão.

O crescimento das ações da Meta, que subiram 77% em 2024, é impulsionado pela crescente preocupação com a segurança nacional em relação ao TikTok. A decisão do tribunal foi unânime e rejeitou os argumentos do TikTok sobre a inconstitucionalidade da lei. A empresa já anunciou que recorrerá ao Supremo Tribunal dos EUA, destacando que espera que a corte proteja os direitos de livre expressão dos cidadãos americanos.

Além da Meta, outras gigantes da tecnologia, como Amazon e Alphabet, também se beneficiaram da decisão, com suas ações alcançando máximas históricas. O aumento das ações reflete uma tendência mais ampla no setor, com o índice Nasdaq subindo 0,8% na sexta-feira e acumulando um ganho de 32% em 2024. O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, tem buscado um papel ativo na administração do presidente eleito Donald Trump, o que pode influenciar o futuro do TikTok nos EUA.

Os usuários do TikTok enfrentam incertezas, pois, embora possam continuar usando o aplicativo temporariamente, não receberão atualizações, o que pode torná-lo instável. A ByteDance, avaliada em cerca de US$ 268 bilhões, enfrenta desafios significativos para vender suas operações, especialmente com a resistência do governo chinês a uma venda forçada. A situação permanece tensa, com o futuro do TikTok nos EUA dependendo de decisões judiciais e políticas nos próximos meses.