07 de dez 2024
Indústria do plástico pode ser aliada na luta contra a poluição marinha no Brasil
O Brasil despeja 1,3 milhão de toneladas de plástico nos mares anualmente. Apenas 15% do plástico é reciclado, contribuindo para a poluição ambiental. Marcio Grazino defende a educação ambiental e colaboração entre setores. A logística reversa é um desafio, exigindo investimentos e planejamento. A transição para a economia circular depende da participação ativa da sociedade.
Foto: Reprodução
O relatório “Fragmentos da Destruição: Impacto do Plástico na Fauna Marinha Brasileira”, da ONG Oceana, revela que o Brasil é o oitavo maior poluidor plástico do mundo, despejando cerca de 1,3 milhão de toneladas de plástico nos oceanos anualmente. Essa situação afeta diretamente a fauna marinha e a saúde pública, exigindo uma reflexão sobre o papel da indústria do plástico na mitigação desse problema. Atualmente, apenas 15% do plástico é reciclado, enquanto 22% polui o meio ambiente, com cada brasileiro contribuindo com 16 kg de resíduos plásticos por ano.
O empresário Marcio Grazino, CEO da Maximu’s Embalagens Especiais, argumenta que a indústria do plástico pode ser um agente de mudança. Ele destaca que o plástico, um material durável e reciclável, não é o verdadeiro vilão, mas sim a falta de educação e proatividade na gestão de resíduos. Grazino defende a implementação de práticas de economia circular, que transformam resíduos em recursos, embora reconheça os desafios, como a logística reversa e os altos custos de implementação.
Para que a transição para a economia circular seja eficaz, é fundamental a participação da população. Uma campanha de educação ambiental deve ser clara e contínua, abordando a reciclagem de todos os tipos de plástico e promovendo práticas de descarte adequadas. O empresário enfatiza que a colaboração entre a indústria, governo e sociedade civil é essencial para criar um ciclo virtuoso que valorize e reaproveite o plástico.
Grazino conclui que todos os setores têm um papel a desempenhar na busca por soluções sustentáveis. As empresas devem inovar, as comunidades devem se engajar na separação de resíduos e os governos devem implementar políticas que incentivem práticas ambientalmente responsáveis. A escolha entre ver o plástico como um problema ou como parte da solução está nas mãos da sociedade, e a hora de agir é agora.
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