Microsoft interrompe contratações na consultoria dos EUA em plano de contenção de custos

A Microsoft anunciou a suspensão de contratações em parte de sua divisão de consultoria nos Estados Unidos, conforme um memorando interno. Essa decisão ocorre em um contexto de busca por redução de despesas, logo após a empresa informar sobre demissões que afetarão menos de 1% de sua força de trabalho. Apesar das medidas de contenção, a companhia reafirmou seu compromisso com investimentos em inteligência artificial, o que pode impulsionar o preço de suas ações, que já subiram 12% em 2024.

As mudanças na divisão de consultoria visam alinhar-se à política da Microsoft Customer and Partner Solutions, que conta com cerca de 60 mil funcionários. As novas diretrizes estarão em vigor até o final do ano fiscal de 2025, em junho. O executivo de consultoria, Derek Danois, destacou a importância da gestão cuidadosa de custos, instruindo os colaboradores a evitarem despesas com viagens para reuniões internas, optando por sessões remotas.

Além disso, as viagens a clientes precisarão de autorização prévia para garantir que os gastos sejam direcionados aos clientes corretos. O memorando também menciona uma redução de 35% nos gastos com marketing e recursos externos não faturáveis. A divisão de consultoria cresceu a um ritmo mais lento em comparação com as assinaturas de software de produtividade e os serviços de nuvem Azure.

No último trimestre de setembro, a unidade de consultoria gerou US$ 1,9 bilhão, uma queda de cerca de 1% em relação ao ano anterior, enquanto a Azure cresceu 33%. Sob a liderança do CEO Satya Nadella, a Microsoft já havia demitido 10 mil funcionários no início de 2023 e, em janeiro de 2024, após a aquisição da Activision Blizzard por US$ 75,4 bilhões, a unidade de jogos eliminou 1.900 postos para reduzir sobreposições. Um porta-voz da Microsoft não comentou imediatamente sobre as novas medidas.