Economia

Fusões e aquisições em infraestrutura superam R$ 100 bilhões em 2024

O volume de fusões e aquisições em infraestrutura atingiu R$ 104 bilhões em 2024. A alta de 223% em relação a 2023 destaca setores como portos e rodovias. Investidores estrangeiros, como CMA CGM e MSC, realizaram grandes aquisições. Grupos financeiros nacionais devem liderar operações, devido à desvalorização do real. Expectativa positiva para 2025, com projetos maduros e necessidade de capital.

João Auler, chefe de infraestrutura e recursos naturais do UBS BB (Foto: Divulgação)

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O volume de transações de fusões e aquisições em infraestrutura no Brasil atingiu R$ 104 bilhões em 2024, representando um crescimento de 223% em comparação a 2023, segundo um levantamento do UBS BB. Os setores de portos, rodovias e saneamento foram os mais ativos, com investidores estrangeiros liderando diversas operações significativas, como a aquisição de 48% da Santos Brasil pela francesa CMA CGM por R$ 6,3 bilhões e a compra da Wilson Sons pela suíça MSC por quase R$ 10 bilhões.

Apesar do desempenho robusto em 2023, a expectativa para o investimento estrangeiro em 2024 é menos otimista, devido à desvalorização do real, que torna o Brasil menos atrativo. Além disso, o mercado de infraestrutura na Europa e nos Estados Unidos está aquecido, oferecendo retornos superiores, na casa de 10%, o que pode desviar o foco dos investidores internacionais. Assim, a tendência é que grupos financeiros nacionais, como BTG, Opportunity e Prisma, assumam a liderança nas transações.

O mercado deve ver grandes movimentações, especialmente na área de portos, com a venda do Porto Sudeste pelo fundo Mubadala e a negociação de ativos de transmissão de energia e rodovias, à medida que as empresas buscam reciclar seus portfólios. A expectativa para 2025 é otimista, com vários projetos de infraestrutura se aproximando da maturidade e a necessidade de capital por parte dos players locais para desenvolver novos projetos.

João Auler, chefe de infraestrutura e recursos naturais do UBS BB, afirma que "o mercado de capitais de dívida deve continuar suportando o financiamento dessas aquisições", o que reforça a perspectiva positiva para o setor. A combinação de projetos maduros e a demanda por capital pode impulsionar ainda mais as transações no próximo ano.

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