A startup potiguar Carboflix, liderada pelo empresário Thelis Botelho, recebeu um investimento de R$ 20 milhões do grupo Varejo Mais e da Cameo Investimentos. O objetivo é lançar um aplicativo que oferece serviços a caminhoneiros, especialmente do setor agro, em parceria com empresas como Bradesco Seguros e Bradesco Previdência. O modal rodoviário é crucial para […]
A startup potiguar Carboflix, liderada pelo empresário Thelis Botelho, recebeu um investimento de R$ 20 milhões do grupo Varejo Mais e da Cameo Investimentos. O objetivo é lançar um aplicativo que oferece serviços a caminhoneiros, especialmente do setor agro, em parceria com empresas como Bradesco Seguros e Bradesco Previdência. O modal rodoviário é crucial para o escoamento de grãos no Brasil, mas a idade média dos caminhoneiros tem aumentado, com os mais jovens optando por outras carreiras.
O aplicativo, que será lançado no final de 2024, visa atender as necessidades dos caminhoneiros, que frequentemente carecem de serviços básicos, como check-ups médicos e seguros de vida. Botelho destacou que o caminhoneiro autônomo é uma “empresa de uma pessoa só” e precisa de suporte para enfrentar os desafios diários. O plano mensal de adesão será de R$ 199, oferecendo inicialmente 20 benefícios, com a expectativa de ultrapassar 30. Entre os serviços estão a descarbonização de motores e assistência contábil.
Além disso, a Carboflix está em negociações com a Starlink, de Elon Musk, para fornecer internet via satélite aos caminhoneiros, que enfrentam dificuldades de conectividade em áreas remotas. A startup também busca parcerias para oferecer descontos em combustíveis e facilitar o acesso a linhas de crédito. Atualmente, 150 caminhoneiros estão conectados à plataforma, com a meta de alcançar 50 mil usuários até o final de 2025, prevendo um faturamento de R$ 120 milhões.
Botelho reconhece que a resistência cultural dos caminhoneiros em adotar novas tecnologias é um desafio. Para isso, a Carboflix investe em conteúdos educacionais no aplicativo, além de oferecer um assistente virtual chamado Gabriel, que atuará como um “anjo da guarda” para os motoristas. Dados da AGP Pesquisas mostram que a maioria dos caminhoneiros autônomos é masculina, com uma média de 46 anos, trabalhando cerca de 12 horas por dia e recebendo aproximadamente R$ 39,50 por hora. A falta de caminhoneiros tem impactado setores como o agronegócio, aumentando os custos com frete e a insegurança nas estradas.
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