07 de fev 2025

B3 negocia acesso a ações e derivativos brasileiros no exterior para investidores globais
A B3 negocia com plataformas globais para oferecer ativos brasileiros no exterior. CEO Gilson Finkelsztain destaca a redução de custos para investidores fora do Brasil. A falta de confiança no mercado e a incerteza fiscal dificultam IPOs no país. O peso do Brasil nos índices de emergentes caiu de 17% para 4%, preocupando investidores. Finkelsztain acredita que a retomada de IPOs depende de juros mais baixos e ajuste fiscal.
Foto:Reprodução
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A B3 está em negociações com plataformas digitais para oferecer ações de empresas brasileiras e derivativos no exterior, visando brasileiros no exterior e estrangeiros. O CEO da B3, Gilson Finkelsztain, afirmou que os ativos devem estar disponíveis em dois ou três meses, permitindo que investidores apliquem em moeda forte, que será convertida em reais. Ele destacou que o custo de manter uma conta bancária no Brasil é elevado, entre R$ 40 mil e R$ 50 mil anuais, o que dificulta o investimento. Com as novas plataformas, esse custo será reduzido, tornando o acesso mais competitivo.
Durante um painel, Finkelsztain e José Berenguer, CEO do Banco XP, discutiram a situação do mercado. Berenguer acredita que a atual política monetária deve conter a inflação e que o Brasil não enfrenta uma crise, apesar das oscilações no mercado. Em contrapartida, Finkelsztain expressou preocupação com a falta de confiança no Brasil, que tem impactado negativamente o mercado. Ele ressaltou que a relevância do Brasil nos índices de emergentes caiu de 17% para 4%, o que é alarmante.
Finkelsztain também mencionou que, apesar de o mercado de ações brasileiro ser considerado barato, a falta de controle das contas públicas pode afastar investidores estrangeiros. Ele observou que o Brasil precisa reverter essa tendência para recuperar a atenção dos gestores globais. O CEO da B3 destacou que, embora haja oportunidades, o país precisa de um câmbio mais estável e de uma mensagem clara sobre a política fiscal para atrair investimentos.
Por fim, Finkelsztain comentou sobre a escassez de ofertas públicas de ações (IPOs) no Brasil, que não deve mudar sem uma sinalização de queda nas taxas de juros. Ele acredita que a recuperação do mercado de IPOs dependerá de empresas mais maduras e de setores tradicionais. O CEO da B3 enfatizou que, apesar das dificuldades, o mercado de capitais continua sendo uma fonte importante de financiamento, com mais de R$ 600 bilhões em produtos de dívida emitidos no ano passado.
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