Economia

Avenida Rebouças se transforma em novo centro de arranha-céus em São Paulo

A Avenida Rebouças se tornou um polo imobiliário após mudanças no Plano Diretor em 2014. A construção de novos prédios atraiu empresas como Nubank e Stone, aumentando a movimentação. O valor do metro quadrado saltou de R$ 15 mil para até R$ 30 mil em dez anos. A vacância de escritórios chegou a 30%, mas a demanda por áreas corporativas continua alta. Críticas surgem sobre a estética das novas construções e a perda do caráter residencial.

Regras do plano diretor de SP só permitem edifícios altos no lado esquerdo da Avenida Rebouças, que contrasta com casarões antigos no direito (Foto: Edilson Dantas / O Globo)

Regras do plano diretor de SP só permitem edifícios altos no lado esquerdo da Avenida Rebouças, que contrasta com casarões antigos no direito (Foto: Edilson Dantas / O Globo)

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Localizada em uma das áreas mais valorizadas de São Paulo, a Avenida Rebouças se tornou um importante polo de expansão imobiliária corporativa. Nos últimos anos, a via passou por uma transformação significativa, com a substituição de casarões antigos por torres envidraçadas e fachadas ativas, que integram comércio e serviços. Esse movimento atraiu empresas de tecnologia e serviços financeiros, aumentando o fluxo de pedestres e elevando o preço do metro quadrado para locação.

De acordo com Luis Fernando Ciniello, diretor do Sinduscon, a mudança no Plano Diretor de 2014, que permitiu construções mais altas, impulsionou a valorização da Rebouças. O valor do metro quadrado para compra subiu de R$ 15 mil para até R$ 30 mil em alguns casos. Atualmente, a região abriga pelo menos dez novos prédios corporativos, além de restaurantes e serviços, criando um ecossistema dinâmico que atrai empresas como Nubank e Stone.

A chegada da Linha 2 do metrô e melhorias na mobilidade urbana também contribuíram para a valorização da área. Contudo, a Lei de Zoneamento ainda limita construções do lado direito da avenida, resultando em uma paisagem peculiar, com prédios modernos de um lado e casarões do outro. Silvio Aragusuku, morador da região, destaca que, apesar das melhorias, a nova arquitetura não agrada a todos, criticando a repetição de fachadas de vidro.

O arquiteto Nabil Bonduk e o professor Valter Caldana apontam que a renovação da Rebouças é positiva, mas alertam para a possível deturpação do uso dos imóveis, que deveriam atender à população de renda média. A demanda por espaços corporativos na Rebouças cresceu, com a vacância na área atingindo 30% no último trimestre de 2023, devido à entrega de novos escritórios. A expectativa é que a região continue a se desenvolver, respondendo à necessidade de mais áreas para empresas em São Paulo.

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