20 de fev 2025
Leilões imobiliários no Brasil crescem 86% em 2024 e devem seguir em alta em 2025
O mercado de leilões imobiliários cresceu 86% em 2024, com 16 mil imóveis. As vendas aumentaram 156,7%, refletindo a busca por alternativas vantajosas. Expectativa de crescimento de 70% nos leilões em 2025, impulsionada por facilidades. Descontos agressivos: até 50% em leilões judiciais e 70% em recuperação judicial. Compradores são majoritariamente homens (78,5%), com idade média de 43 anos.
Nos leilões judiciais, os deságios podem chegar a 50% do valor de avaliação (Foto: Reprodução)
Ouvir a notícia:
Leilões imobiliários no Brasil crescem 86% em 2024 e devem seguir em alta em 2025
Ouvir a notícia
Leilões imobiliários no Brasil crescem 86% em 2024 e devem seguir em alta em 2025 - Leilões imobiliários no Brasil crescem 86% em 2024 e devem seguir em alta em 2025
O mercado de leilões imobiliários no Brasil apresentou um crescimento significativo em 2024, com um aumento de 86% no volume de leilões em comparação ao ano anterior. Foram 16 mil propriedades ofertadas, em contraste com 10 mil em 2023, segundo a plataforma Superbid Exchange. O levantamento abrangeu tanto leilões judiciais, realizados por ordens de tribunais, quanto extrajudiciais, utilizados por bancos para vender imóveis dados como garantia. O número de eventos saltou de 4.371 para 8.145, e as vendas cresceram 156,7%.
A expectativa da Superbid é que o crescimento continue, projetando um aumento de 70% no número de leilões em 2025. Glauber Araújo, gerente de Real Estate da Superbid, destaca que clientes do mercado tradicional, que enfrentam dificuldades para comprovar renda devido ao aumento da taxa de juros, estão migrando para os leilões em busca de oportunidades e descontos. Os leilões judiciais oferecem deságios de até 50% do valor de avaliação, enquanto em casos de recuperação judicial, os descontos podem chegar a 70%.
O perfil dos compradores é majoritariamente de pessoas físicas (92,6%), com predominância masculina (78,5%) e idade média de 43 anos. As casas são os imóveis mais adquiridos, representando 30% das compras, seguidas por apartamentos (26,8%) e terrenos urbanos (19,2%). A valorização dos imóveis e a queda nas taxas de juros desde o final de 2023 também contribuíram para o aumento do interesse no setor.
Facilidades como financiamento, uso do FGTS e parcelamento nos leilões judiciais têm atraído mais compradores. Araújo recomenda que os interessados escolham imóveis em locais que já conhecem e prestem atenção ao edital, que define as regras da aquisição e eventuais dívidas. A ocupação do imóvel é outro ponto a ser considerado, e negociações diretas com ocupantes ou consultas a advogados podem ser necessárias para evitar custos adicionais em processos de desocupação.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.