Economia

Braskem enfrenta desafios no 1T25 com demanda fraca e spreads petroquímicos baixos

Braskem reportou prejuízo de R$ 5,649 bilhões no 4T24, piora de 259% em um ano. Expectativa de leve recuperação no Brasil e México, mas demanda global continua fraca. Provisões para Alagoas aumentaram em R$ 1,3 bilhão, totalizando R$ 17,7 bilhões. Fluxo de caixa livre deve ser positivo apenas em 2026, exigindo recuperação do setor. BTG Pactual mantém recomendação neutra, enquanto JPMorgan destaca necessidade de geração de caixa.

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Os analistas do mercado ajustaram suas projeções para a Braskem (BRKM5) após um quarto trimestre de 2024 (4T24) com resultados abaixo do esperado. A companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 5,649 bilhões, uma piora de 259% em relação ao final de 2023. Apesar de uma possível recuperação operacional no Brasil e no México, a empresa enfrenta desafios devido à fraca demanda global e baixos spreads petroquímicos.

O JPMorgan prevê uma leve melhora na utilização e nos volumes de vendas no Brasil, mas ressalta que a precificação dos produtos continua pressionada, limitando o crescimento do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Nos Estados Unidos e na Europa, a expectativa é de leve recuperação, embora os spreads devam cair cerca de 2% em comparação ao trimestre anterior. No México, há uma projeção de aumento de 9% na utilização e nos volumes de vendas, mas o acúmulo de estoques pode restringir o avanço da receita líquida.

O fluxo de caixa livre (FCF) é uma preocupação para os analistas, com o JPMorgan afirmando que a Braskem deve continuar consumindo caixa neste trimestre. A empresa estima que o FCF só se tornará positivo em 2026, dependendo da recuperação do setor petroquímico e da estabilização das provisões para Alagoas, que foram elevadas em R$ 1,3 bilhão, totalizando R$ 17,7 bilhões em reservas.

O BTG Pactual destaca que o ciclo de baixa da indústria petroquímica pode se prolongar, dificultando a recuperação da Braskem no curto prazo. O banco mantém recomendação neutra para a ação BRKM5, com preço-alvo de R$ 14. A administração da Braskem planeja um capex de US$ 484 milhões para 2024, priorizando projetos estratégicos, como a ampliação da planta de etano no Rio de Janeiro, visando diversificar a matriz de matéria-prima e reduzir a dependência da nafta. A alavancagem líquida ajustada subiu para 8,0x, reforçando a necessidade de geração de caixa consistente para evitar problemas de refinanciamento.

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