A remoção do limite de ativos de R$ 1,95 trilhões do Wells Fargo pode resultar em economias significativas para o banco, que tem enfrentado custos elevados devido a regulamentações e ordens de consentimento. Desde a imposição do limite pelo Federal Reserve em 2018, a instituição tem trabalhado para se recuperar de escândalos anteriores, como o […]
A remoção do limite de ativos de R$ 1,95 trilhões do Wells Fargo pode resultar em economias significativas para o banco, que tem enfrentado custos elevados devido a regulamentações e ordens de consentimento. Desde a imposição do limite pelo Federal Reserve em 2018, a instituição tem trabalhado para se recuperar de escândalos anteriores, como o de contas falsas em 2016. O CEO Charlie Scharf, que assumiu em 2019, tem liderado esforços para demonstrar que o banco mudou suas práticas, o que é essencial para convencer o Fed a remover o limite.
Recentemente, o Wells Fargo encerrou sua décima ordem de consentimento, restando quatro. Analistas acreditam que o Fed pode levantar o limite ainda este ano, especialmente com a abordagem menos rigorosa do governo sob a administração de Donald Trump. A eliminação do limite não apenas permitiria ao banco expandir suas operações, mas também reduziria custos operacionais relacionados à conformidade, que foram estimados em R$ 1,1 bilhão para 2025, uma redução de R$ 700 milhões em relação ao ano anterior.
O banco investiu fortemente em compliance e gestão de riscos, aumentando seu quadro de funcionários em cerca de 10 mil pessoas. O CFO Michael Santomassimo destacou que a construção de uma infraestrutura de controle é prioridade. Desde fevereiro, o Wells Fargo já cancelou quatro ordens de consentimento, o que impulsionou suas ações a um recorde de R$ 81,42 em 6 de fevereiro, embora tenha recuado cerca de 18% desde então, refletindo a incerteza econômica.
Com a possível remoção do limite, o Wells Fargo poderá focar em expandir suas operações em áreas como mercados de capitais e banco de investimento, que são menos dependentes de receitas baseadas em juros. Apesar das incertezas econômicas, a divisão de Corporate and Investment Banking já apresentou um aumento de 59% nas taxas de IB, totalizando R$ 725 milhões no quarto trimestre. A previsão para a remoção do limite ainda é incerta, mas alguns analistas acreditam que isso pode ocorrer ainda este ano, dependendo do progresso nas ordens de consentimento.
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