As ações da Cogna (COGN3) apresentaram um desempenho volátil após a divulgação do balanço do quarto trimestre de 2024. Inicialmente, os papéis subiram até 8,72%, atingindo R$ 1,87, mas logo reverteram para uma queda de 6,40%, fechando a R$ 1,61. Essa oscilação é atribuída a dois fatores principais: a realização de lucros após uma alta significativa no ano e incertezas sobre a recorrência dos resultados financeiros. Apesar da queda, as ações acumulam uma valorização de mais de 50% em 2024, após um período de desvalorização.

No quarto trimestre, a Cogna reportou um lucro líquido de R$ 925,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 397 milhões do ano anterior. A receita líquida cresceu 13,2%, totalizando R$ 2,16 bilhões, superando as expectativas do mercado. O conselho da empresa aprovou a distribuição de dividendos, que ainda precisa ser ratificada em assembleia. No entanto, a análise dos resultados foi dificultada por mudanças contábeis e pela reversão de R$ 807 milhões em contingências fiscais, que inflaram o lucro ajustado.

Os analistas do Morgan Stanley e do BTG Pactual destacaram a complexidade dos resultados, com a contabilidade alterada e a reversão de contingências impactando as métricas de lucro. O BTG, embora otimista quanto à desalavancagem e ao cumprimento do guidance para 2024, expressou preocupações sobre a sustentabilidade dos resultados, dado o cenário macroeconômico desafiador. Por outro lado, a Genial Investimentos elogiou o desempenho da Cogna, ressaltando a expansão de margens e a geração de caixa robusta.

A análise técnica das ações da Cogna indica uma tendência de alta no curto prazo, mas a recente pressão vendedora levanta alertas sobre possíveis correções. O suporte está na faixa de R$ 1,51/R$ 1,47, enquanto a resistência imediata é em R$ 1,87/R$ 1,97. A continuidade da recuperação dependerá da capacidade do ativo de se sustentar acima dos suportes e superar as resistências estratégicas.