Energisa registra lucro de R$ 1,83 bilhão no quarto trimestre, impulsionado por altas temperaturas

A Energisa (ENGI11) registrou um lucro líquido de R$ 1,83 bilhão no quarto trimestre de 2024, um aumento expressivo de 254% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado por temperaturas elevadas e fatores não recorrentes, como o ativo fiscal diferido da Energisa Rondônia e a exclusão do PIS/Cofins da base de cálculo do ICMS. A empresa destacou que o consumo de energia elétrica nas distribuidoras do grupo cresceu 2,3%, totalizando 11.088,3 GWh.

Em 2024, a Energisa alcançou um lucro líquido recorde de R$ 3,79 bilhões, quase o dobro dos R$ 1,89 bilhões de 2023. O Ebitda recorrente no último trimestre foi de R$ 1,9 bilhão, uma queda de 7,9% em relação ao ano anterior, devido a provisões e ajustes na carteira de comercialização de energia. No acumulado do ano, o Ebitda ajustado foi de R$ 7,63 bilhões, um aumento de 8,1%.

As operações de crédito realizadas em 2024 permitiram à Energisa aumentar o prazo médio de sua dívida de 3,8 anos para 5,7 anos, com um custo médio que subiu de 11,2% para 11,5% ao ano. O pagamento de dividendos relativos a 2024 foi de 36,8%, alinhado à média dos últimos anos, e a empresa se prepara para conduzir a renovação de concessões de forma estratégica, conforme declarado por Mauricio Botelho, diretor financeiro.

Fernando Maia, diretor de assuntos regulatórios, afirmou que a regulamentação da Aneel sobre o uso de energia não compensada de centrais de geração distribuída deve resultar em uma redução nas tarifas para os consumidores. Em 2024, a Energisa fez provisões de R$ 430,2 milhões relacionadas a esse saldo acumulado. A empresa também viu crescimento em sua subsidiária (re)energisa, com 117 usinas solares em operação e 441 MWp de potência instalada, resultando em um Ebitda da divisão de R$ 187,9 milhões, um aumento de 89,6% no ano.