O Ministério de Minas e Energia apresentou uma proposta para reformar o setor elétrico, que pode reduzir em até 16% as contas de luz para consumidores cativos, mas aumentar os custos em até 12% para a indústria. A consultoria Volt Robotics afirma que a mudança vai redistribuir custos, como os relacionados a usinas nucleares e subsídios para energias renováveis, que atualmente são pagos apenas pelos consumidores das distribuidoras. Esses custos somam R$ 3,5 bilhões e podem chegar a R$ 10 bilhões até 2030. A proposta também prevê a liberalização do mercado em 2028, permitindo que todos escolham seu fornecedor de energia, o que pode resultar em preços mais baixos para pequenos consumidores. No entanto, a indústria já se manifestou contra a proposta, pedindo que o governo assuma parte dos custos da tarifa social de energia, que isenta muitas famílias de pagar a conta de luz. O governo está aberto ao diálogo, mas o ministro Alexandre Silveira afirma que a proposta já é consenso dentro do governo.
O Ministério de Minas e Energia (MME) apresentou uma proposta de reforma do setor elétrico que pode reduzir em até 16% as contas de luz para consumidores cativos, enquanto eleva os custos em até 12% para a indústria. A consultoria Volt Robotics analisou a proposta e destacou que a redistribuição de custos, incluindo encargos de usinas nucleares e subsídios para energias renováveis, beneficiará principalmente pequenos consumidores.
Atualmente, esses custos, que somam R$ 3,5 bilhões, devem crescer rapidamente, podendo atingir R$ 10 bilhões até 2030. A proposta também prevê a liberalização do mercado em 2028, permitindo que todos os consumidores escolham seu fornecedor de energia. Segundo Donato da Silva Filho, diretor-geral da Volt Robotics, ao migrar para o mercado livre, os consumidores poderão adquirir energia por R$ 180 a R$ 200 por megawatt-hora (MWh), em comparação ao preço médio atual de R$ 240 por MWh.
A proposta, no entanto, gera controvérsia entre grandes consumidores, que já estão no mercado livre. Eles terão que compartilhar custos que antes eram pagos apenas pelos clientes das distribuidoras. A indústria já manifestou sua insatisfação, pedindo que o governo transfira para o Tesouro Nacional a conta da ampliação da tarifa social de energia elétrica, que isenta cerca de 17 milhões de famílias da conta de luz.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo está aberto ao diálogo e vem se reunindo com o setor para discutir a proposta. Ele ressaltou que os termos apresentados já são consenso dentro do governo. A proposta visa equilibrar os encargos entre consumidores e evitar que os últimos a migrarem para o mercado livre arcassem com toda a conta dos subsídios.
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