10 de mai 2025

Fhoresp inicia boicote ao iFood e incentiva migração para aplicativos concorrentes
Fhoresp inicia boicote ao iFood, incentivando a migração para concorrentes que isentam taxas, enquanto entregadores lutam por melhores condições.
Foto:Reprodução
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A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) está promovendo um boicote ao aplicativo iFood, que detém cerca de 90% do mercado de entrega de refeições. A entidade, que representa aproximadamente 500 mil estabelecimentos, critica as taxas elevadas cobradas pela plataforma e a falta de critérios de segurança no credenciamento de restaurantes.
O boicote foi impulsionado pela isenção de taxas anunciada por concorrentes como Rappi e 99Food, que buscam atrair empresários do setor. O diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto, afirmou que as taxas do iFood são "exorbitantes" e que a empresa mantém uma relação predatória com seus parceiros. Pinto também destacou que o sistema de cadastramento do iFood facilita fraudes, colocando em risco a saúde pública.
Críticas ao iFood
A Fhoresp solicitou que o iFood exigisse alvarás de funcionamento e documentos da Vigilância Sanitária para credenciar restaurantes, mas a proposta foi rejeitada. Pinto ressaltou que essa falta de exigências compromete a procedência dos alimentos oferecidos aos consumidores. A 99Food, que voltou ao mercado em abril, também anunciou isenção de taxas por dois anos, oferecendo uma alternativa viável para os empresários.
Entregadores do iFood também se mobilizaram, realizando greves para reivindicar melhores condições de trabalho. Eles pedem um aumento na taxa mínima por entrega de R$ 6,50 para R$ 10,00 e um reajuste no valor pago por quilômetro rodado, de R$ 1,50 para R$ 2,50. Além disso, exigem a limitação das rotas de bicicleta a três quilômetros por pedido.
Resposta do iFood
O iFood declarou que respeita o direito à manifestação e mantém um diálogo aberto com os entregadores. A empresa informou que está avaliando um possível aumento na taxa mínima de entrega para 2025. Em nota, o iFood destacou que o ganho bruto por hora trabalhada na plataforma é quatro vezes maior que o salário mínimo-hora nacional e que oferece benefícios como seguro pessoal e planos de saúde.
A situação atual reflete um cenário de insatisfação tanto entre empresários quanto entre entregadores, evidenciando os desafios enfrentados no setor de entrega de refeições.
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