Elizangela Siqueira transforma falências em sucesso com a rede de açaí NoKilo

Elizangela Siqueira, após duas falências, fundou o Açaí NoKilo em 2017, uma rede de franquias de açaí. Em 2024, a empresa faturou R$ 21,5 milhões e expandiu para 57 unidades. A marca planeja abrir uma fábrica em Montes Claros e iniciar exportações para Portugal e Estados Unidos.

A trajetória de Elizangela começou em um ambiente familiar desafiador, onde a mãe incentivava a educação das filhas. Formada em Enfermagem, ela abandonou um emprego público após seis meses para abrir uma loja de sorvete. A primeira sociedade durou até 2010, quando divergências levaram ao encerramento do negócio. Em seguida, investiu em uma loja de frozen iogurte, mas enfrentou a primeira falência em 2011.

Após um período difícil, Elizangela decidiu usar os equipamentos da antiga loja para vender milk-shake. Em Camaçari, a Fruit Shake fez sucesso, mas problemas financeiros e pessoais culminaram na segunda falência entre 2015 e 2017. Com apoio do atual marido, ela lançou o Açaí NoKilo, que oferece um modelo de self-service, permitindo que os clientes escolham a quantidade de açaí e acompanhamentos.

A empresa começou com um investimento de R$ 60 mil e superou as expectativas de faturamento, atingindo R$ 45 mil no primeiro mês. O sucesso levou à transformação das franquias da Fruit Shake em Açaí NoKilo. A marca já conta com unidades na Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.

Para otimizar operações, Elizangela investiu R$ 2 milhões em uma fábrica própria em Feira de Santana, com capacidade para produzir até 80 toneladas de açaí por mês. A ampliação da fábrica está prevista para custar R$ 10 milhões e triplicar a capacidade até 2026. A empresa também busca expandir internacionalmente, com interesse de clientes em diversos países.

O Açaí NoKilo tem recebido avaliações positivas, com uma média de 4,7 estrelas no Google, destacando o atendimento. Apesar de algumas reclamações no Reclame Aqui, a marca se destaca em um mercado em crescimento, com o consumo de açaí aumentando 15% ao ano no Brasil, segundo a Embrapa.