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Juros altos aumentam a inadimplência entre pequenas empresas no Brasil

Inadimplência das micro, pequenas e médias empresas atinge recorde histórico, enquanto busca por crédito cresce em meio a juros elevados.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Inadimplência de pequenas empresas bate recorde — Foto: Arquivo/Agência O Globo
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  • A Taxa Selic no Brasil está em 15% ao ano, dificultando o acesso ao crédito para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).
  • A inadimplência das MPMEs atingiu 5,1% em maio, o maior nível histórico, enquanto a busca por crédito aumentou 11,6% em um ano.
  • Em maio, as MPMEs tomaram R$ 1,179 bilhão em empréstimos, principalmente para capital de giro.
  • O Sebrae e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão intensificando esforços para facilitar o acesso ao crédito, com o Sebrae já viabilizando R$ 3,5 bilhões em empréstimos.
  • O BNDES aprovou R$ 92,4 bilhões em crédito para MPMEs em 2023, um aumento de 47% em relação ao ano anterior.

Em um cenário de juros elevados, a Taxa Selic no Brasil alcançou 15% ao ano, impactando diretamente o acesso ao crédito por micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). A busca por financiamento aumentou 11,6% em um ano, enquanto a inadimplência dessas empresas atingiu 5,1% em maio, o maior nível histórico.

Os dados do Banco Central mostram que, em maio, as MPMEs tomaram R$ 1,179 bilhão em empréstimos, principalmente para capital de giro. Com o aumento dos juros, as empresas enfrentam dificuldades financeiras, levando a um crescimento no número de pedidos de recuperação judicial, que representaram quase 90% das solicitações ao Judiciário em abril. A inflação elevada também contribui para a queda nas vendas.

Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), afirma que a maior procura por crédito reflete a necessidade das empresas de compensar a queda no faturamento. O aperto no caixa poderia ser ainda mais severo se o decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tivesse sido implementado, encarecendo ainda mais o crédito.

Ações do Sebrae e BNDES

O Sebrae e o BNDES estão intensificando esforços para facilitar o acesso ao crédito. O Sebrae já viabilizou R$ 3,5 bilhões em empréstimos a mais de 50 mil empreendedores entre 2023 e 2024, com a meta de alcançar R$ 12 bilhões este ano. O Fundo Garantidor BNDES-Sebrae (FGBS) é uma das iniciativas para apoiar as MPMEs.

Camila Abdelmalack, economista da Serasa Experian, destaca que, apesar do crédito mais caro, ele é essencial para a manutenção das operações das pequenas empresas. Em março, 6,9 milhões de MPMEs estavam negativadas, representando uma grande parte do total de 7,3 milhões de CNPJs nessa situação.

Impactos nos Negócios

Empreendedores como Nelson Andreatta, da Eats For You, relatam que os planos de crescimento foram adiados devido ao custo elevado do crédito. A cervejaria Hocus Pocus também avalia suas opções de financiamento para expandir a produção. O Sebrae atua como avalista, ajudando a reduzir a inadimplência e a facilitar o acesso ao crédito.

O BNDES aprovou R$ 92,4 bilhões em crédito para MPMEs em 2023, um aumento de 47% em relação ao ano anterior. A meta é manter esse patamar em 2025, com a criação de um fundo para garantir o acesso ao crédito, refletindo a alta demanda por financiamento no setor.

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