O uso de dispositivos de monitoramento pessoal, como relógios e pulseiras, cresceu muito e a indústria alcançou um valor de cerca de 50 bilhões de euros em 2023. Isso mostra que as pessoas estão cada vez mais interessadas em medir suas atividades diárias e saúde para se otimizar e buscar aprovação social. O professor James Nicholas Gilmore, da Universidade de Clemson, explica que a “datificação” da vida, que antes era coisa de entusiastas da tecnologia, agora é vista como algo útil para entender hábitos como alimentação e exercícios. Dispositivos como Fitbit e Apple Watch ajudam a monitorar a saúde e prometem melhorar a vida das pessoas. Apesar de algumas falhas nas medições, muitos confiam que esses números oferecem uma visão clara da realidade e trazem uma sensação de controle. Além disso, a busca por reconhecimento social aumentou, com as pessoas registrando suas métricas não só para si, mas também para serem admiradas pelos outros. Isso pode levar a exageros, como afirmar ter lido muitos livros rapidamente, mesmo que a experiência real não corresponda a isso.
O uso de dispositivos de monitoramento pessoal, como wearables, cresceu significativamente, atingindo um valor de cerca de 50 bilhões de euros em 2023. Essa tendência reflete uma busca crescente por quantificação de atividades diárias e saúde, com o objetivo de otimização pessoal e validação social.
O professor de Media e Estudos Tecnológicos da Universidade de Clemson, James Nicholas Gilmore, menciona que a “datificação” da vida se tornou comum. Inicialmente restrita a entusiastas da tecnologia, hoje essa prática é vista como atraente e útil para entender hábitos, como alimentação e atividade física. Os dispositivos, como Fitbit e Apple Watch, prometem não apenas monitorar saúde, mas também otimizar a vida.
A confiança nos dados gerados por esses dispositivos é alta, mesmo diante de falhas. Gilmore alerta que a precisão das medições pode variar, dependendo do uso e das condições do usuário. Apesar disso, muitos acreditam que esses números oferecem uma visão objetiva da realidade, proporcionando uma sensação de controle.
A busca por validação social também se intensificou. A psicóloga social Karen Shackleford destaca que as pessoas não apenas registram suas métricas para si mesmas, mas também para serem admiradas. Essa pressão social pode levar a exageros, como afirmar ter lido muitos livros em pouco tempo, mesmo que a experiência real não corresponda a isso.